Reinventando a roda: inversões e reversões de uma antropografia do sujeito
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8034.2010v12n1-2p59Resumo
Este artigo toma como seu ponto de partida o “princípio da roda” tal como elaborado por Roy Wagner
An Anthropology of the Subject (2001): ao “reinventar” uma roda – ou outro objeto –, reinventa-se igualmente o sujeito que realiza a invenção. Mas, nesse caso, trata de deslocar essa figura reflexiva rumo a uma outra “roda” estranhamente semelhante – certa roda popular de capoeira, tal como descrito no livro Capoeiragem: expressões da Roda Livre , de Mestre Russo de Caxias (2005). Ao tomar tal livro como o enfoque deste ensaio, ressalta-se como seu autor, ao descrever e inventar a roda a que seu livro diz respeito, acaba sendo reinventado, ele mesmo, pela roda – e jogo – em questão. Mas, ao buscar compreender tal processo de invenção e contrainvenção, o próprio desdobrar deste texto que segue também passa a ser “compreendido” por esse seu objeto: pensar sobre a roda através do livro de Mestre Russo e sobre ambos através de Wagner instiga uma reflexão sobre o ato de escrever e compor na forma de imagens. E, desse modo, a relação assim ensaiada passa a ressaltar algumas claras diferenças – e estranhas semelhanças – com respeito aos modos de compor e de compreender, de textualizar e de contextualizar, os ‘sujeitos’ etnográficos da antropologia.
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