Falar-fazer antropologia: uma experimentação etnográfica do corpo na capoeira Angola
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8034.2011v13n1-2p113Resumo
Neste artigo, busco uma restauração performática de minha apresentação no II Colóquio Antropologias em Performance, organizado pelo Grupo de Estudos em Oralidade e Performance (UFSC). Na apresentação, trouxe a questão metodológica que orientou minha pesquisa de doutorado: a interlocução entre os saberes, técnicas e procedimentos antropológicos e os da dança, na relação com o campo empírico da capoeira Angola. Através do procedimento conhecido em dança como falar-fazer, coloquei a questão 'em cena', destacando o aspecto performativo da construção do conhecimento, e sua dimensão corporal. Naquele momento, perguntava: quais formas podemos adotar para falar de performance, uma vez que assumimos que, a partir desse paradigma, forma e conteúdo se constituem mutuamente? Agora, ao reencenar textualmente as falas, gestos, sonoridades e movimentos que compuseram minha apresentação (e o debate que se seguiu), acrescento: quais formas adotamos para escrever sobre (e a partir da) performance?
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