Alimentos, reciprocidade e fluxos: sobre a lógica da alternância nos Andes peruanos
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8034.2013v15n1-2p123Resumo
Em Andamarca, a comensalidade e a produção de alimentos, desde a plantação à confecção de pratos, tanto como dar e receber alimentos, são atos criadores de sociabilidade e reciprocidade entre diversos seres, humanos e não-humanos. Recusar comida e bebida é algo que “no se puede”, sendo uma reação interpretada pelos andamarquinos como um ato de “desprecio”, uma recusa à interação, ou, à possibilidade de criação de relação. Todos devem aceitar o oferecido e os alimentos devem ser oferecidos para todos, sem exceção, da mesma forma que as bebidas distribuídas nas festas. O objetivo deste trabalho é mostrar que esse movimento de inclusão do outro, que não deve desconsiderar ninguém, nos remete a outros movimentos de rotação/revezamento existentes em Andamarca, os quais privilegiam a circularidade dos fluxos, a alternância em detrimento da retenção/concentração.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores cedem à Ilha – Revista de Antropologia – ISSN 2175-8034 os direitos exclusivos de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição Não Comercial Compartilhar Igual (CC BY-NC-SA) 4.0 International. Esta licença permite que terceiros remixem, adaptem e criem a partir do trabalho publicado, desde que para fins não comerciais, atribuindo o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico desde que adotem a mesma licença, compartilhar igual. Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em site pessoal, publicar uma tradução, ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico, desde que para fins não comerciais e compartilhar igual.