O riso como forma de produção da “vida sossegada”

Autores

  • Alexandre Ferraz Herbetta Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8034.2013v15n1-2p98

Resumo

 

Os índios Kalankó vivem no alto sertão alagoano e até 2003 não eram reconhecidos como indígenas pelo Estado-nação. Esta situação faz parte de um processo histórico de apagamento da diferença étnica e, consequentemente, de expropriação territorial. Eles têm plena consciência disso. Do ponto de vista Kalankó, entretanto, tal processo deu origem ao que chamam “Tempo da Luta”, quando se organizam politicamente e tentam garantir seus direitos previstos em lei. Isto se dá, sobretudo, com a intensificação dos rituais e o estabelecimento de uma série de condutas particulares, baseadas em algumas emoções. O presente texto busca identificar esta ética das emoções. E, além disso, analisar sua importância na constituição da noção de pessoa entre eles, atualmente. Neste contexto, o ritual do toré é um espaço central de convivência, onde os sujeitos constituem um estilo particular de vida, denominada “vida sossegada”. Este estilo contrasta com o mundo dado do sofrimento.

Biografia do Autor

Alexandre Ferraz Herbetta, Universidade Federal de Goiás

É subcoordenador do PPGAS - Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da UFG - Universidade Federal de Goiás e subcoordenador do Curso de Especialização em Educação Intercultural e Transdisciplinar, do Núcleo Takinahaky, na mesma instituição.

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Publicado

2013-12-21

Como Citar

HERBETTA, Alexandre Ferraz. O riso como forma de produção da “vida sossegada”. Ilha Revista de Antropologia, Florianópolis, v. 15, n. 1,2, p. 098–122, 2013. DOI: 10.5007/2175-8034.2013v15n1-2p98. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ilha/article/view/2175-8034.2013v15n1-2p98. Acesso em: 23 nov. 2024.

Edição

Seção

NÚMERO 1: Artigos