Cristo epistêmico
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8034.2016v18n1p83Resumo
Guerreiro Ramos exerceu sua “sociologia militante” no Teatro Experimental do Negro. Desde jovem, ele vinha elaborando sua ideia do “sujeito pistêmico”. Seu legado teórico dialoga com o pensamento sociológico contemporâneo internacional. A autora propõe uma leitura de Guerreiro Ramos em diálogo com autores como Agnes Heller, W. E. B. Du Bois e Manuel Castells, enfocando paradigmas como redução sociológica, vida cotidiana, carecimentos radicais, identidades de resistência e de projeto. Neste artigo examina-se o papel de Guerreiro Ramos na idealização do Concurso Cristo de Cor, iniciativa do Teatro Experimental do Negro em 1955, realçando o TEN como exemplo do “sujeito epistêmico”. São apreciados textos de Guerreiro Ramos sobre a pintura de Abdias Nascimento, escritos durante o período de exílio dos dois nos EUA, concluindo que a abordagem da estética negra nesse período dá continuidade ao enfoque sobre esse tema desenvolvido nos trabalhos anteriores de Guerreiro Ramos no TEN.
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