Relações de substância e consumo de álcool entre os Mbyá-Guarani
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8034.2017v19n1p137Resumo
Os Mbyá-Guarani costumam afirmar que a bebida alcoólica possui um espírito que não tem parente e por isso ao consumi-la a pessoa pode comprometer o vínculo social com os seus familiares. A partir dessa premissa proponho refletir sobre como o idioma da substancialidade que informa as relações de parentesco, sustenta a compreensão nativa sobre os efeitos gerados pelas bebidas alcoólicas introduzidas pelo contato, no âmbito das aldeias no Rio Grande do Sul. Para tanto, considerarei os dados etnográficos que emergiram no contexto da pesquisa-ação sobre o consumo de álcool realizada junto aos Mbyá, entre os anos 2000 e 2004. Esses dados demonstram o quanto a lógica da substancialidade ordena as relações não só entre parentes Mbyá, mas também entre eles e os seres e ‘coisas’ advindas do mundo dos brancos.
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