Uma antropologia da transmissão: mosquitos, mulheres e epidemia de Zika no Brasil

Autores

  • Luísa Reis Castro Programa de Pós-Graduação em História, Antropologia e Ciência, Tecnologia e Sociedade (HASTS) / Massachusetts Institute of Technology (MIT)
  • Carolina de Oliveira Nogueira Rede Zika e Ciências Sociais, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-8034.2020v22n2p21

Resumo

No Brasil, Zika é apresentado como um vírus transmitido somente por mosquitos e a epidemia como uma preocupação somente para mulheres. Para examinar essa errônea caracterização, este artigo investiga as múltiplas rotas de transmissão do vírus Zika: transmissão vetorial (através da picada de um mosquito), transmissão por fluidos (através, por exemplo, do sêmen) e transmissão vertical (através da placenta para o feto no útero). Ao analisarmos a passagem de patógenos de um organismo para outro e as formas como essas passagens são entendidas, investigadas e (des)consideradas, abordamos, simultaneamente, aspectos biológicos e culturais. Argumentamos que uma antropologia, centrada na transmissão, permite elucidar as materialidades corporais, os significados simbólicos e as consequências políticas do movimento de patógenos de um organismo para outro, como relações entre humanos e não humanos. Sugerimos que essa “antropologia da transmissão” também possibilita o desenvolvimento de políticas públicas mais abrangentes e inclusivas.

Referências

ARAÚJO, T. V. B. DE et al. Association between microcephaly , Zika virus infection, and other risk factors in Brazil: final report of a case-control study. The Lancet Infectious Diseases, v. 18, n. March, p. 328–336, 2018.

AUGUSTO, L. G. DA S. et al. Cartas - Programa de erradicação do Aedes aegypti: inócuo e perigoso (e ainda perdulário). Cadernos de Saúde Pública, v. 14, n. 4, p. 876–876, 1998.

AYRES, C. F. J. Identification of Zika virus vectors and implications for control. Lancet. Infectious Diseases, v. 16, n. March, p. 278–279, 2016.

BENCHIMOL, J. L. Dos Micróbios aos Mosquitos: febre amarela e a revolução pasteuriana no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz/Editora UFRJ, 1999.

BIEHL, J. Vita: Life in a zone of social abandonment. Berkeley: University of California Press, 2005.

BOGOCH, I. I. et al. Anticipating the international spread of Zika virus from Brazil. The Lancet, v. 387, n. 10016, p. 335–336, 2016.

BRASIL, P.; LUPI, O. Comment - Dengue infection during pregnancy and risk of preterm birth. The Lancet Infectious Diseases, v. 17, p. 885–886, 2017.

BROWN, P. J. Failure-as-success: Multiple meanings of eradication in the Rockefeller Foundation Sardinia project, 1946-1951. Parassitologia, v. 40, n. Jul, p. 117–130, 1998.

CADUFF, C. The Pandemic Perhaps: Dramatic Events in a Public Culture of Danger. Oakland: University of California Press, 2015.

CALDWELL, K. L. Health Equity in Brazil: Intersections of Gender, Race, and Policy. Urbana, IL: University of Illinois Press, 2017.

CAMPOS, G. S.; BANDEIRA, A. C.; SARDI, S. I. Zika Virus Outbreak, Bahia, Brazil. Emerging Infectious Diseases, v. 21, n. 10, p. 1885–1886, 2015.

CAMPOS, L. A. O pardo como dilema político. Insight Inteligência, n. 62, p.80-91, 2013.

CAO-LORMEAU, V. M. et al. Guillain-Barré Syndrome outbreak associated with Zika virus infection in French Polynesia: A case-control study. The Lancet, v. 387, n. 10027, p. 1531–1539, 2016.

CARNEIRO, R.; FLEISCHER, S. R. "Eu não esperava por isso. Foi um susto”: conceber, gestar e parir em tempos de Zika à luz das mulheres de Recife, PE, Brasil. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v. 22, n. 66, p. 709–720, 2018.

CARVALHO, L. D. P. DE. Da esterilização ao Zika: interseccionalidade e transnacionalismo nas políticas de saúde para as mulheres. Tese de Doutorado. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2017.

CASTRO, A. L. B.; FAUSTO, M. C. R. A política brasileira de Atenção Primária à Saúde. In: MACHADO, C. V.; BAPTISTA, T. W.; LIMA, L. D. (ORG.). Políticas de Saúde no Brasil: continuidades e mudanças. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2012. p. 31–60.

CASTRO, A.; KHAWJA, Y.; JOHNSTON, J. Social Inequalities and Dengue Transmission in Latin America. In: HERRING, A.; SWEDLUND, A. (ORG.) Plagues and Epidemics: Infected Spaces Past and Present. New York: Berg, 2010. p. 231–249.

CHADWICK, G. L. Historical Perspective: Nuremberg, Tuskegee, and the Radiation Experiments. Journal of the International Association of Physicians in AIDS Care, v. 3, n. 1, p. 27–28, 1997.

CHARLIER, C. et al. Review - Arboviruses and pregnancy: maternal, fetal, and neonatal effects. The Lancet Child Adolesc Health, v. 1, n. October, p. 134–46, 2017.

CORDEIRO, Hésio. O Sistema Único de Saúde. Rio de Janeiro: Ayuri Editoria, 1991.

COSTELLO, Anthony et al. Defining the syndrome associated with congenital Zika virus infection. Bulletin World Health Organisation. v. 94, n. 6, 2016.

COUTINHO, M. Tropical Medicine in Brazil: The Case of Chagas’ Disease. In: DIEGO ARMUS (ORG). Disease in the History of Modern Latin America: from Malaria to AIDS. Durham and London: Duke University Press, 2003. p. 76–100.

CUMMISKEY, J. ‘An ecological experiment on the grand scale’: Creating an Experimental Field in Bwamba, Uganda, 1942-1950. ISIS. no prelo.

DAS, V.; Poole, D. “State and its margins: comparative ethnographies”. In: Das, V.; Poole, D. (ORG). Anthropology in the margins of the State. New Delhi: Oxford University Press, 2004.

DAS, V. Life and Words: violence and the descent into the ordinary. Berkeley: University of California Press, 2007.

DELAPORTE, F. The History of Yellow Fever: An Essay on the Birth of Tropical Medicine. Traducao Arthur Goldhammer. Cambridge and London: MIT Press, 1991.

DIALLO, D. et al. Zika virus emergence in mosquitoes in Southeastern Senegal, 2011. PLoS ONE, v. 9, n. 10, p. 4–11, 2014.

DICK, G. W. A.; KITCHEN, S. F.; HADDOW, A. J. Communications: Zika virus isolations and serological specificity. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene, v. 46, n. 5, p. 509–520, 1952.

DINIZ, Débora. Zika: Do sertão nordestino à ameaça global. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 2016a.

DINIZ, Débora. Zika e mulheres. Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2016b.

DUFFY, M. R. et al. Zika virus outbreak on Yap Island, Federated States of Micronesia. The New England Journal of Medicine, v. 360, n. 24, p. 2536–2543, 2009.

FARIA, N. R. et al. Zika virus in the Americas: Early epidemiological and genetic findings. Science, v. 352, n. 6283, p. 345–349, 2016.

FILIPE, A. R.; MARTINS, C. M. V.; ROCHA, H. Laboratory infection with Zika virus after vaccination against yellow fever. Archiv für die gesamte Virusforschung, v. 43, n. 4, p. 315–319, 1973.

FLORES, E. F. (ORG). Virologia veterinária: virologia geral e doenças víricas. 2.ed. Santa Maria: Editora da UFSM, 2012.

FOUCAULT, M. Em defesa da sociedade. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2010.

FOY, B. D. et al. Probable Non – Vector-borne Transmission of Zika Virus , Colorado , USA. Emerg Infect Dis, n. May, p. 1–7, 2011.

GIOVANELLA, L.; ESCOREL, S.; LOBATO, L. DE V. C.; NORONHA, J. DE C.; CARVALHO, A. I. (ORG.). Políticas e Sistema de Saúde no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2008.

GUEDES, D. et al. Zika virus replication in the mosquito Culex quinquefasciatus in Brazil. Emerging Microbes & Infections, v. e69, n. June, 2017.

HAMMONDS, E. Seeing AIDS: Race, Gender and Representation. In: MANLOWE, J.; GOLDSTEIN, N. (ORG). The Gender Politics of HIV/AIDS in Women: Perspectives on the Pandemic in the U.S. New York: New York University Pres, 1997. p. 113–126.

HAMMONDS, E. Gendering the Epidemic: Feminism and the Epidemic of HIV / AIDS in the United States, 1981-1999. In: CREAGER, A. N. H.; LUNBECK, E.; SCHIEBINGER, L. (ORG). Feminism in Twentieth-Century Science, Technology, and Medicine. Chicago: University of Chicago Press, 2001. p. 230–244.

HILLS, S. L. et al. Transmission of Zika Virus Through Sexual Contact with Travelers to Areas of Ongoing Transmission — Continental United States, 2016. Morbidity and Mortality Weekly Report. Early release 26 February 2016. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Estados Unidos, 2016.

HOCHMAN, G. A era do saneamento: as bases da política de saúde pública no Brasil. São Paulo: Editora Hucitec, 2006.

HOWE, C. et al. Paradoxical Infrastructures: Ruins, Retrofit, and Risk. Science, Technology & Human Values, v. 41, n. 3, p. 547–565, 2016.

HUITS, R.; DE SMET, B.; ARIEN, K. K.; VAN ESBROEK, M.; BOTTIEAU, E.; CNOPS, L. Zika virus in semen: a prospective cohort study of symptomatic travellers returning to Belgium. Bulletin World Health Organization, 2017.

HUMPHREYS, M. Kicking a Dying Dog : DDT and the Demise of Malaria in the American South, 1942-1950. Isis, v. 87, n. 1, p. 1–17, 1996.

IANNETTA, M. et al. Persistent detection of dengue virus RNA in vaginal secretion of a woman returning from Sri Lanka to Italy , April 2017. Euro Surveil, n. April, p. 1–4, 2017.

KECK, F.; LAKOFF, A. Preface: Sentinel Devices. Limn, v. 3, 2013.

KIM, C. R. et al. Investigating the sexual transmission of Zika virus. Lancet Global Health, v. 6, n. 1, p. e24–e25, 2018.

KINKELA, D. DDT and the American Century: Global Health, Environmental Politics, and the Pesticide that Changed the World. Chapel Hill, NC: University of North Carolina Press, 2011.

LAMOREAUX, J. What if the Environment is a Person? Lineages of Epigenetic Science in a Toxic China. Cultural Anthropology, v. 31, n. 2, p. 188–214, 2016.

LANDECKER, H. Culturing Life: How Cells Became Technologies. Cambridge: Harvard University Press, 2007.

LARKIN, B. The Politics and Poetics of Infrastructure. Annual Review of Anthropology, v. 42, n. September, p. 327–343, 2013.

LESSHAFFT, H. Is Zika a disease of poverty? Somatosphere Blog Series: A forum on the Zika virus. Disponível em: <http://somatosphere.net/forumpost/is-zika-a-disease-of-poverty>. Acesso em: 17 fev. 2016.

LÖWY, I. Vírus, mosquitos e modernidade: a febre amarela no brasil entre ciência e política. Tradução Irene Ernest Dias. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2006.

LÖWY, I. Epidemia de Zika no Brasil 2015-2016. Uma breve história. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, no prelo.

MACKENDRICK, N. More Work for Mother : Chemical Body Burdens as a Maternal. Gender & Society, v. 28, n. 5, p. 705–728, 2014.

MAGALHÃES, R. A erradicação do Aedes aegypti febre amarela, Fred Soper e saúde pública nas Américas (1918-1968). Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2016.

MCBRIDE, C. S. et al. Evolution of mosquito preference for humans linked to an odorant receptor. Nature, v. 515, n. 7526, p. 222–227, 2014.

MIRANDA-FILHO, D. D. B. et al. Initial Description of the Presumed Congenital Zika Syndrome. AJPH, v. 106, n. 4, p. 598–601, 2016.

MINISTÉRIO DA SAÚDE - FUNASA. Plano de Erradicação do Aedes aegypti. Brasília, 1996.

MINISTÉRIO DA SAÚDE - FUNASA. Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD)Fundação Nacional da Saúde. Brasília, 2002.

MINISTÉRIO DA SAÚDE - SAS. Política Nacional de Atenção Básica (PNAB). Brasília, 2012.

MINISTÉRIO DA SAÚDE - SVS. Diagnóstico Rápido nos Municípios para Vigilância Entomológica do Aedes aegypti no Brasil - LIRAA: metodologia para avaliação dos índices de Breteau e Predial. Brasília, 2005.

MINISTÉRIO DA SAÚDE - SVS. O Agente Comunitário de Saúde no controle da dengue. Brasília, 2009a.

MINISTÉRIO DA SAÚDE - SVS. Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue. Brasília, 2009b.

MINISTÉRIO DA SAÚDE - SVS. Preparação e Resposta à Introdução do Vírus Chikungunya no Brasil. Brasília, 2014.

MOREIRA, M. C. N.; MENDES, C. H. F.; NASCIMENTO, M. Zika, protagonismo feminino e cuidado: ensaiando zonas de contato. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v. 22, n. 66, p. 697–708, 2018.

MUNANGA, K. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil- Identidade nacional versus identidade negra. Petropólis:Editora Vozes, 1999.

MUSSO, D.; NILLES, E. J.; CAO-LORMEAU, V.-M. Rapid spread of emerging Zika virus in the Pacific area. Clinical Microbiology and Infection, v. 20, n. 10, p. O595–O596, out. 2014.

NADING, A. M. Mosquito Trails Ecology, Health, and the Politics of Entanglement. Berkeley: University of California Press, 2014.

NADING, A. M. Chimeric globalism: Global health in the shadow of the dengue vaccine. American Ethnologist, v. 42, n. 2, p. 356–370, 2015.

NÓBREGA, M. E. B. DA et al. Surto de síndrome de Guillain-Barré possivelmente relacionado à infecção prévia pelo vírus Zika, Região Metropolitana do Recife, Pernambuco, Brasil, 2015. Epidemiol. Serv. Saude, v. 27, n. 2, p. e2017039, 2018.

NUNES, J.; PIMENTA, D. N. A Epidemia de Zika e os Limites da Saúde Global. Lua Nova, v. 98, p. 21–46, 2016.

OLIVARIUS, K. Immunity, Capital, and Power in Antebellum New Orleans. American Historical Review, v. 2, n. April, p. 425–455, 2019.

OLSON, J. G. et al. Zika virus, a cause of fever in central java, Indonesia. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene, v. 75, n. 3, p. 389–393, 1981.

PACKARD, R. M. The Making of a Tropical Disease: A Short History of Malaria. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 2007.

PALMER, S. Launching Global Health: The Caribbean Odyssey of the Rockefeller Foundation. Ann Arbor: University of Michigan Press, 2010.

PAZ-BAILEY, G. et al. Persistence of Zika Virus in Body Fluids — Final Report. The New England Journal of Medicine, v. 379, p. 1234–1243, 2018.

PEARD, J. G. Race, Place and Medicine: The Idea of the Tropics in Nineteenth-Century Brazilian Medicine. Durham: Duke University Press, 1999.

RIBEIRO, B. et al. Media coverage of the Zika crisis in Brazil: The construction of a ‘war’ frame that masked social and gender inequalities. Social Science and Medicine, v. 200, p. 137–144, 2018.

RICH, A. Compulsory Heterosexuality and Lesbian Existence. Signs, v. 5, n. 4, p. 631–660, 2013.

RICHARDSON, S. S. et al. Don’t blame the mothers. Nature, v. 512, p. 131–132, 2014.

RYAN, S. J. et al. Global expansion and redistribution of Aedes-borne virus transmission risk with climate change. PLoS Neglected Tropical Diseases, v. March, p. 1–20, 2019.

ROBERTS, Dorothy. Racism and Patriarchy in the Meaning of Motherhood. Journal of Gender and the Law, v. 1, n. 1, p. 1–38, 1993.

SANTOS, L. DE C.; MORAES, C.; COELHO, V. S. P. Os anos 80: a politização do sangue. Physis. v. 2, n.1, p. 107–4, 1992.

SEGATA, J. A doença socialista e o mosquito dos pobres. Iluminuras, v. 17, n. 42, p. 372–389, 2016.

SEGATA, J. O aedes aegypti e o digital. Horizontes Antropológicos, v. 23, n. 48, p. 19–48, 2017.

SENANAYAKE, N.; KING, B. Health-environment futures : Complexity , uncertainty , and bodies. Progress in Human Geography, v. 43, n. 4, p. 711–728, 2019.

SHARMA, A.; GUPTA, A. (ORG). The Anthropology of the State: a reader. Carlton: Blackwell Publishing, 2006.

SILVA, J. C. B. DA; MACHADO, C. J. S. Associações entre dengue e variáveis socioambientais nas capitais do Nordeste brasileiro por Análise de Agrupamentos. Ambiente & Sociedade, v. 21, p. e01332, 2018.

SILVA JÚNIOR, J. B.; COSTA, C. DA S.; BACCARA, J. P. DE A. Regulação de sangue no Brasil : contextualização para o aperfeiçoamento. Rev Panam Salud Publica, v. 38, n. 4, p. 333–8, 2015.

SILVA E SILVA, T. M. G. Os pretos é a chave, abram os portões. Dissertação de mestrado. Salvador: Universidade Federal da Bahia, 2018.

STEPAN, N. L. Picturing Tropical Nature. London: Reaktion Books, 2001.

STEPAN, N. L. Eradication: ridding the world of diseases forever? Ithaca: Cornell University Press, 2011.

STERN, A. M. Zika and reproductive justice. Cad. Saúde Pública, v. 32, n. 5, p. 1–3, 2016.

SOUSA, M. DE F. Agentes Comunitários de Saúde: choque de povo. São Paulo: Editora Hucitec, 2003.

SOUZA LIMA, A. C. (ORG.). Gestar e Gerir. Estudos para uma antropologia da administração pública no Brasil. Rio de Janeiro:Relume Dumará. 2002.

LÖWY, I. Vírus, mosquitos e modernidade: a febre amarela no brasil entre ciência e política. Traducao Irene Ernest Dias. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2006.

MAGALHÃES, R. C. DA S. A erradicação do Aedes aegypti febre amarela, Fred Soper e saúde pública nas Américas (1918-1968). Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2016.

TIMERMAN, A.; NUNES, E.; LUZ, K. Dengue no Brasil: uma doença urbana. São Paulo: Limay Editora, 2012.

TIZIANO, A. Potencialidades e limites para o desenvolvimento de uma política de atenção em reprodução humana assistida no SUS. Tese de Doutorado. Rio de Janeiro: Instituto Nacional da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente - IFF/ FIOCRUZ. 2011.

VALLE, D; PIMENTA, D. N.; CUNHA, R. V. (ORG.) Dengue: teorias e práticas. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2015.

VALLA, V. V. A construção desigual do conhecimento e o controle social dos serviços públicos de educação e saúde. In: STOTZ, Eduardo. N.; VALLA, Victor V. (ORG.). Participação popular, educação e saúde: teoria e prática. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1993.

VAN DER LINDEN, V. et. al, Description of 13 Infants Born During October 2015–January 2016 With Congenital Zika Virus Infection Without Microcephaly at Birth — Brazil. Morbidity and Mortality Weekly Report. Department of Health and Human Services/Centers for Disease Control and Prevention- USA. v. 65, n. 47, p. 1343–1348, 2016.

VENTURA, D. Do Ebola ao Zika: as emergências internacionais e a securitização da saúde global. Cad. Saúde Pública, v. 32, n. 4, p. 1–4, 2016.

VIANNA, A. Limites da menoridade: tutela, família e autoridade em julgamento. Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social. Rio de Janeiro: Museu Nacional - Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2002.

VON SCHNITZLER, A. Democracy’s Infrastructure: Techno-Politics and Protest after Apartheid. Princeton: Princeton University Press, 2016.

WARIN, M. et al. Mothers as smoking guns : Fetal overnutrition and the reproduction of obesity. Feminism and Psychology, v. 22, n. 3, p. 360–375, 2012.

WASHINGTON, Harriet A. Medical Apartheid. The dark history of medical experimentation on Black Americans from colonial times to the present. New York: First Anchor Books (Broadway Books), 2008.

WEAVER, S. C.; LECUIT, M. Chikungunya Virus and the Global Spread of a Mosquito-Borne Disease. New England Journal of Medicine, v. 372, n. 13, p. 1231–1239, 2015.

WERNECK, J. Racismo institucional e saúde da população negra. Saúde e Sociedade, v. 25, n. 3, p. 535–549, 2016.

WILLOUGHBY, U. E. Yellow Fever, Race, and Ecology in Nineteenth-Century New Orleans. Baton Rouge: LSU Press, 2017.

ZARA, A. L. DE S. A. et al. Estratégias de controle do Aedes aegypti : uma revisão. Epidemiol. Serv. Saude, v. 25, n. 2, p. 391–404, 2016.

Downloads

Publicado

2020-11-23

Como Citar

REIS CASTRO, Luísa; NOGUEIRA, Carolina de Oliveira. Uma antropologia da transmissão: mosquitos, mulheres e epidemia de Zika no Brasil. Ilha Revista de Antropologia, Florianópolis, v. 22, n. 2, p. 21–62, 2020. DOI: 10.5007/2175-8034.2020v22n2p21. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ilha/article/view/67583. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Antropologia e as outras Ciências da Epidemia do Vïrus Zika