Nomadismo disciplinar, [ou] o eterno retorno – passos para uma antropologia divergente
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8034.2024.e93899Palavras-chave:
Nomadismo disciplinar, Antropologia divergente, Método, Etnografia, EnsinoResumo
Este artigo é resultado de uma reflexão metodológica e epistemológica, dirigida de forma singular, a estudantes de graduação e de pós-graduação, como contribuição para a discussão sobre as práticas programáticas dos cursos de antropologia e também para as práticas de pesquisa no âmbito do campo disciplinar de referência. É realizado em consonância com a proposta da revista para este dossiê, que se refere aos debates sobre o ensino e a formação profissional no chamado sul global. É urgente a partir de uma prática nómada sair de certos pensamentos urbanos, de particularismos exóticos, bem como de imaginários universais em termos civilizatórios e da sua forte moralização de hábitos axiológicos. Sair desse centro e dessa periferia é aventurar-se na mobilidade humana e nas suas sobreposições; na estética que deriva da produção de imaginários, imaginações, espaços de sujeito e objetos socialmente reagrupados.
Referências
ALVES, André Os Argonautas do Mangue: Precedido de Balinese Character (re-visitado) por Etienne Samain. São Paulo: Editora da Unicamp, 2004.
ART, Roberto. El juguete rabioso. Buenos Aires: Espacio Editorial, 1993.
BASINI, José. “As metodologias socioespaciais e a descentralização do conhecimento. MAO – MON: Cidades em perspectiva”. In: BASINI, J. et al. (org.). Os estudos socioespaciais: Cidades, Fronteiras e Mobilidade Humana. Manaus: Editora Universidade do Amazonas, 2015. p. 39-65.
BASINI, José. Nomadismo disciplinar [ou] o eterno retorno. In: COLOQUIO REALIZADO EN EL NÚCLEO DE ESTUDOS AMAZÔNIA INDÍGENA – NEAI, Universidade Federal do Amazonas, Faculdade de Direito, Manaus, (Inédito) 2016. Anais [...]. Manaus, 2016.
BASTIDE, Roger. “Introdução”. In: BASTIDE, Roger. Antropologia Aplicada. São Paulo, Editora Perspectiva, 1979. p. 1-8.
BATESON, Gregory. Steps to an ecology of mind. New York: Ballantine Books, 1972.
BATESON, Gregory. Experimentos en el pensar sobre material etnológico observado. In: BATESON, Gregory. Pasos hacia una ecología de la mente: una aproximación revolucionaria a la autocomprensión del hombre. Buenos Aires: Lohlé – Lumen, 1998. p. 99-113.
BATESON, Mary Catherine. “Sex and Temperament”; “Participant observers”. In: BATESON, Mary Catherine. With a daughter’s eye: a memoir of Margaret Mead and Gregory Bateson. New York: William Morrow and Company, 1984. p. 67-106.
BATESON, Mary Catherine. Margaret Mead y Gregory Bateson: recordados por Mary Catherine Bateson. Barcelona: Gedisa, 2011.
BORGES, J. L.; SÁBATO, E. Diálogos. Buenos Aires: Orlando Barone Emecé Editores, 2007.
BOURDIEU, Pierre. “A identidade e a representação. Elementos para uma reflexão crítica sobre a idéia de região”. In: BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Lisboa: Bertrand Brasil; Difel, 1989. p. 24-52.
CLIFFORD, James. “As fronteiras da antropologia. Entrevista com James Clifford”. Boletim da Associação Brasileira de Antropologia, Rio de Janeiro, 1994.
CLIFFORD, J.; MARCUS, G. Retóricas de la antropología. Madrid: Ediciones Jucar, 1991. CRAPANZANO, Vicent. “Dialogo”. In: CRAPANZANO, Vicent. Anuário Antropológico 188. Brasília DF: Editora Universidade de Brasília, 1991a. p. 59-80.
CRAPANZANO, Vicent. “El dilema de Hermes: La máscara de la subversión en las descripciones etnográficas”. In: CLIFFORD, James; MARCUS, George E. (ed). Retóricas de la Antropología. Madrid: Jucar Universidad, 1991b. p. 91-122.
DAMÁSIO, António. Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos sentimentos. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
DELEUZE, Gilles. En medio de Spinoza. Buenos Aires: Cactus, 2008.
DELEUZE, Gilles. Spinoza: Filosofía Práctica. Buenos Aires: Tusquets Editores, 2013.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil platôs: Capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Editora 34, 2007. v. 5.
DELEUZE, G.; PARNET, C. Diálogos. Valencia: Pré-textos, 1980.
DERRIDA, J.; DUFOURMANTELLE, A. Falar da hospitalidade. São Paulo: Escuta, 2003.
EVANS, Marc. Um certo olhar Snow Cake. Filme. 112 min. Canadá; Inglaterra: Revolution Films; Rhombus Media, 2006.
FEYERABEND, Paul. Contra o método. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1977. (Título original: Against method).
FOUCAULT, Michel. “Entrevista a Michel Foucault”. Revista Actuel, Paris, n. 14, 1971.
FOUCAULT, Michel et al. “Sobre a arqueología das ciências: resposta ao círculo epistemológico”. In: FOUCAULT, Michel et al. Estruturalismo e teoría da linguagem. Petrópolis: Vozes, 1971. p. 19-56.
ERIKSON, P.; GHASARIAN, C. “Un campo de 35 horas...”. In: GHASARIAN, C.; ERIKSON, P. De la etnografia a la antropología reflexiva: nuevos campos, nuevas prácticas, nuevas apuestas. Buenos Aires: Ediciones del Sol, 2008. p. 105-132.
GEERTZ, Clifford. “Do ponto de vista dos nativos: a natureza do entendimento antropológico”. In: GEERTZ, Clifford. O saber local: novos ensaios em antropologia interpretativa. Petrópolis: Vozes, 2004. p. 85-107.
GIDDENS, Anthony. As conseqüências da modernidade. São Paulo: Unesp, 1991.
GUIGOU, L. Nicolás. “Antropologías del sur. Flujos comunicacionales, discursos y modalidades de producción del conocimiento antropológico: más allá o más acá del colonialismo”. In: CONFERENCIA DE APERTURA, Porto Alegre: XIII RAM. Antropologias do Sul, 2019. Anais [...]. Porto Alegre, 2019.
LÉVI-STRAUSS, Claude. El pensamiento salvaje. México – Buenos Aires: FCE, 1964. LÉVI-STRAUSS, Claude. “No me inquieta disolverme en la nada”. Revista Humboldt, Berlí Goethe Institut. Inter Nationes, n. 129, p. 70-73, 2000.
MALINOWSKI, Bronislaw. Una teoría científica de la cultura. Madrid: Editorial Sudamericana, S.A., 1984.
NIETZSCHE, Friedrich. Ecce homo: como alguém se torna o que é. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
NIETZSCHE, Friedrich. The gay science. Cambridge: Cambridge University Press, 2007.
PRAT, Mary Louise. “La antropologia y la desmopolización del pensamiento social”. In: GRIMSON, A.; NOEL, G. Antropología ahora: debates sobre la alteridad. Buenos Aires: Siglo XXI Editores, 2011. p. 49-60.
RAMOS, Alcida Rita. “Por una antropología ecuménica”. In: GRIMSON, A.; NOEL, G. Antropología ahora: debates sobre la alteridad. Buenos Aires: Siglo XXI Editores, 2011. p. 97-124.
RICOEUR, P.; LÉVI-STRAUSS, C. “Réponses a quelques questions. Entretien avec Claude Lévi- Strauss”. Revista Esprit, [s.l.], n. 322, p. 628-653, 1963.
ROSALDO, Renato. “La narrativa en la etnografía: el imaginario asimétrico, el punto de vista y la desigualdad”. In: GRIMSON, A.; NOEL, G. Antropología ahora: debates sobre la alteridad. Buenos Aires: Siglo XXI Editores, 2011. p. 61-68.
SPINOZA, Benedictus de. Ética. Belo Horizonte: Auténtica Editora, 2007. (Edição bilingüe latim/portugués).
TAUSSIG, Michael. “Montagem”. In: TAUSSIG, Michael. Xamanismo, colonialismo e o homem selvagem: um estudo sobre o terror e a cura. São Paulo: Paz e Terra, 1993. p. 406- 417.
THIOLLENT, Michel. Critica metodológica: investigação social e enquete operaria. São Paulo: Polis, 1980.
TODOROV, Tzvetan. A Conquista da América. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Ilha Revista de Antropologia
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Os autores cedem à Ilha – Revista de Antropologia – ISSN 2175-8034 os direitos exclusivos de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição Não Comercial Compartilhar Igual (CC BY-NC-SA) 4.0 International. Esta licença permite que terceiros remixem, adaptem e criem a partir do trabalho publicado, desde que para fins não comerciais, atribuindo o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico desde que adotem a mesma licença, compartilhar igual. Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em site pessoal, publicar uma tradução, ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico, desde que para fins não comerciais e compartilhar igual.