A dança como gesto de escuta: estratégias pedagógicas em um curso universitário durante a pandemia da Covid-19
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-8034.2024.e96500Palabras clave:
Escuta, Corpo, Saber, Ensino da dança, PandemiaResumen
Este artículo pretende reflexionar sobre las estrategias pedagógicas creadas para sostener el espacio de relación entre docentes y estudiantes, entre ellos y sus cuerpos y sus cuerpos con el mundo, en un curso universitario de danza, que, como tantos otros, entre 2020 y 2022, requirió interrumpir las actividades presenciales debido a la pandemia de covid-19. Más que pausas o suspensiones, queremos llamar la atención sobre la naturaleza de los posibles movimientos, especialmente los relacionados con el significado de la escucha, durante este período. Si la tecnología permitió una experiencia de hipervisualización e hiperexposición, a través de cámaras que mostraban aquello con lo que estábamos privados de contacto físico, poco se habló de la experiencia de escuchar, sentido que sugiere otra forma de contacto. El desarrollo de las clases de audio permitió crear un espacio común e íntimo al mismo tiempo. La audición es el sentido de interioridad: acerca el mundo al centro del individuo y, también de inmersión: promueve una inmersión en la realidad (LE BRETON, 2016). Pero escuchar también permite el contacto con la alteridad, dejando entrar lo que viene de fuera, transformando lo lejano en cercano. ¿Qué tipo de apertura del cuerpo implica el proceso de escucha? ¿Qué conocimiento está involucrado allí? ¿El gesto de escuchar es una postura (FLUSSER, 1994) o un movimiento corporal, que expresa disponibilidad al otro? Estas preguntas amplifican la preocupación sobre cómo los sentidos del cuerpo pueden verse sacudidos por la dimensión de la catástrofe, señalan la importancia de escuchar en la investigación antropológica y los desafíos de comprender un mundo pospandémico.
Citas
ACSELRAD, Maria. Avança Caboclo! A dança contra o Estado dos caboclinhos de Pernambuco. Recife: Editora da UFPE, 2022. 191p.
ARBEAU, Thoinot. Orchésographie: méthode et théorie en forme de discours et tablature pour apprendre a danser. Digibook, [s.l.], 2008.
ARFUCH, Leonor. Cronotopias de la intimidad. In: ARFUCH, L. (org.). Pensar este tiempo: espacios, afectos, pertenencias. Buenos Aires: Paidós, 2005. p. 237-290.
BERARDI, Franco. Extremo: crônica da piscodeflação, São Paulo: Ed. UniSP, 2020.
CASTRO, Marina Ramos Neves de. A antropologia dos sentidos e a etnografia sensorial: dissonâncias, assonâncias e ressonâncias. Rev. Antropol., São Paulo, v. 64, n. 2, 2021.
DE CERTEAU, Michel. A invenção do cotidiano: artes de fazer. Petrópolis: Editores Vozes, 1994.
FLUSSER, Vilén. Na Música. São Paulo: AnnaBlume, 2018. (Marta Castello Branco organizadora)
FLUSSER, Vilén. Los Gestos – fenomenologia y comunicación. Barcelona: Herder, 1994. INGOLD, Tim. Pare, Olhe, Escute! Visão, Audição e Movimento Humano. Ponto Urbe, [s.l.], v. 3, 2008. Disponível em: http://pontourbe.revues.org/1925. Acesso em: 2 jun. 2024.
LAGROU, Els. Nisun: a vingança do povo morcego e o que ele pode nos ensinar sobre o novo coronavírus. Blog da Biblioteca Virtual do Pensamento Social, [s.l.], 2020.
LAMAS, Flaviany. Movimentos do Silêncio: uma dança cartográfica. 2019. 138p. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2019.
LE BRETON, David. Antropologia dos sentidos. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2016.
LEIROZ, Flavia Pinto; SACRAMENTO, Igor. Cronotopias da intimidade catastrófica: testemunhos sobre a covid-19 no Jornal Nacional. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 34, n. 73, p. 384-404, maio-agosto, 2021.
LEPECKI, André. Planos de composição: dança, política e movimento. In: RAPOSO, Paulo et al. (org.) A terra do não-lugar: diálogos entre antropologia e performance. Florianópolis: EdUFSC, 2009. p. 111-122.
LIMA, Sergio Godoy. Escuta e criação como rede: caminhos de individuação musical. 2022. 213p. Tese (Doutorado) – Universidade de Aveiro, Portugal, 2022.
NANCY, Jean-Luc. À L’écoute. Paris: Galillé, 2002.
OPAS – ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE; OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Painel da OMS Covid-2019: número de casos de COVID-19 notificados à OMS. 2023. Disponível em: https://covid19.who.int/. Acesso em: 21 ago. 2023.
POMIAN, Krzysztof. Catástrofe. In: ENCICLOPÉDIA EINAUDI. Volume 2. Turim: Einaudi, 1977. p. 789.
SIMMEL, G. El individuo y la libertad. Barcelona: Península, 1986.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Ilha Revista de Antropologia

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Os autores cedem à Ilha – Revista de Antropologia – ISSN 2175-8034 os direitos exclusivos de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição Não Comercial Compartilhar Igual (CC BY-NC-SA) 4.0 International. Esta licença permite que terceiros remixem, adaptem e criem a partir do trabalho publicado, desde que para fins não comerciais, atribuindo o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico desde que adotem a mesma licença, compartilhar igual. Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em site pessoal, publicar uma tradução, ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico, desde que para fins não comerciais e compartilhar igual.
