On prologues and epilogues: splits and national formation in writing and reading fictions of Brazilian 19th and 20th centuries

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7917.2025.e100446

Keywords:

reading scenes, social conflicts, Brazilian literature

Abstract

This essay seeks to analyze the process of representation of Brazil in prologues and epilogues of fundamental texts of Brazilian literature, showing how attempts to transform the country’s constitutive divisions into fiction are created in this set of texts, as well as implicit solutions that reveal horizons of expectations and class positions of the authors. We will analyze texts from the romantic period (by Alencar and Gonçalves Dias), as well as from the late 19th century (Machado de Assis and Euclides da Cunha), reaching texts from the 20th century (Mário de Andrade) and we will find representations that construct scenes of reading and confrontation dramatizing divisions within the dominant classes and between such classes and other segments of society. The final object of the analysis is to understand how the problem of the nation is transformed into eminently literary questions in these texts, which, in turn, can help understand what the idea of a national formation project meant among us.

Author Biography

Filipe de Freitas Gonçalves, Federal University of Minas Gerais

Doutor em Estudos Literários na Universidade Federal de Minas Gerais, onde desenvolveu pesquisa sobre a presença da alegoria na prosa de Machado de Assis. O autor desenvolve trabalhos na área de literatura brasileira, especialmente o final do século XIX e o início do século XX.

References

ALENCAR, José de. Iracema. Brasília: Edições Câmara/Centro de Documentação e Informação, 2017.

ANDRADE, Mário de. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. São Paulo: Ubu, 2017.

ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Antofágica, 2019.

ASSIS, Machado de. Notícia da atual literatura brasileira: instinto de nacionalidade. In: ASSIS, Machado de. Obras Completas de Machado de Assis. São Paulo: Editora Nova Aguilar, 2015. v. 3, p. 1177-1184.

BALZAC, Honoré de. O pai Goriot. Trad. de Rosa Freire d’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

BOSI, Alfredo. A escravidão entre dois liberalismos. In: BOSI, Alfredo. Dialética da Colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. p. 194-245.

CALDEIRA, Jorge. História econômica do Brasil: cinco séculos de pessoas, costumes e governos. Rio de Janeiro: Estação Brasil, 2017.

CANDIDO, Antonio. Formação da Literatura Brasileira: momentos decisivos (1750-1880). Rio de Janeiro: Ouro Sobre Azul, 2013.

CHALHOUB, Sidney. Machado de Assis: historiador. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

COSTA, Claudio Manoel da. Obras poéticas. Rio de Janeiro: Garnier, 1903. Disponível em: https://bibdig.biblioteca.unesp.br/items/201790e1-0c75-4cc9-b5b1-04397d8be56c. Acesso em: 29 mar. 2024.

CUNHA, Euclides. Os Sertões: campanha de Canudos. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

FARACO, Carlos Alberto. A questão da língua: revisitando Alencar, Machado de Assis e cercanias. In: FARACO, Carlos Alberto. Normal culta brasileira: desatando alguns nós. São Paulo: Parábola Editorial, 2008, p. 107-128.

FARACO, Carlos Alberto. História sociopolítica da língua portuguesa. São Paulo: Parábola Editorial, 2016.

FREYRE, Gilberto. Sobrados e Mucambos: decadência do patriarcado rural e desenvolvimento do urbano. São Paulo: Global, 2004a.

FREYRE, Gilberto. Ordem e Progresso: processo de desintegração das sociedades patriarcal e sempatriarcal no Brasil sob o regime do trabalho livre: aspectos de um quase meio século de transição do trabalho escravo para o trabalho livre; e da monarquia para a república. São Paulo: Global, 2004b.

GUIMARÃES, Hélio de Seixas. Os leitores de Machado de Assis: o romance machadiano e o público de literatura no século 19. São Paulo: Edusp, 2008.

HOLANDA, Sérgio Buarque de. Capítulos de literatura colonial. São Paulo: Brasiliense, 1991.

HUGO, Victor. Do grotesco ao sublime: tradução do prefácio de Cromwell. Trad. de Célia Barrettini. São Paulo: Perspectiva, 2014.

MAGALHÃES, Gonçalves. Discurso sobre a história da literatura do Brasil. In: MAGALHÃES, Gonçalves. Opúsculos históricos e literários. Rio de Janeiro: Garnier, 1865, p. 241-272.

SARAIVA, Luiz Fernando. A revolução copernicana de Jorge Caldeira, o cálculo diferencial ao contrário e o trabalho das formiguinhas. História Econômica & História de Empresas, São Paulo, v. 23, n. 1, p. 229-247, 2020.

SCHWARZ, Roberto. A importação do romance e suas contradições em Alencar. In: SCHWARZ, Roberto. Ao vencedor as batatas: forma literária e processo social nos inícios do romance brasileiro. São Paulo: Editora 34, 2012a. p. 33-79.

SCHWARZ, Roberto. Leituras em competição. In: SCHWARZ, Roberto. Martinha versus Lucrécia: ensaios e entrevistas. São Paulo: Companhia das Letras, 2012b. p. 9-43.

WATT, Ian. A ascensão do romance: estudos sobre Defoe, Richardson e Fielding. Trad. de Hildegard Feist. São Paulo: Companhia de Bolso, 2010.

Published

2025-06-16

How to Cite

GONÇALVES, Filipe de Freitas. On prologues and epilogues: splits and national formation in writing and reading fictions of Brazilian 19th and 20th centuries. Anuário de Literatura, [S. l.], v. 30, p. 01–18, 2025. DOI: 10.5007/2175-7917.2025.e100446. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/100446. Acesso em: 24 dec. 2025.

Issue

Section

Articles