Um Centenário, outros modernismos?
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2025.e101359Palabras clave:
modernismo brasileiro, Semana de Arte Moderna, revisionismosResumen
O propósito neste artigo, iniciado por um diálogo com autores e com perspectivas teóricas e críticas nas quais se enfatiza a importância de se considerar outras modernidades e outros modernismos, é comentar e avaliar duas obras publicadas no Brasil em 2022, ano do centenário da Semana de Arte Moderna, marcado por eventos de problematização do modernismo brasileiro e dos cânones modernistas, bem como pelo investimento das editoras na publicação de obras de caráter variado (obras de divulgação, obras acadêmicas, obras literárias, reedições, entre outras). As duas publicações selecionadas são Cem anos da Semana de Arte Moderna: o gabinete paulista e a conjuração das vanguardas, de Leda Tenório da Motta, e Mulheres Modernistas: Estratégias de Consagração na Arte Brasileira, de Ana Paula Cavalcanti Simioni, textos dedicados a objetos diferentes e construídos desde perspectivas diversas, caracterizados por esforços de revisão do modernismo brasileiro e, eventualmente, por permanências críticas. Intenta-se, portanto, debater as propostas delineadas nas duas obras, com o intuito de explicitar possibilidades (e limitações) de estabelecimento de outras leituras para o modernismo no Brasil.
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