O hipertexto e o estranho: causas e efeitos
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2010v15n1p110Resumo
Segundo Barthes, o texto ideal é aquele que se apresenta em redes múltiplas e que se entrelaça, sem comprometer sua estrutura. Redes ou nós que fazem com que esse texto ofereça um universo de significantes e significados, ou seja, não tem início, é reversível, possui diversas entradas e isso se choca com a noção tradicional de práticas de leitura e escrita linear. Nesse sentido, nosso objetivo é demonstrar como o hipertexto causa "estranheza" partindo do conceito de “estranho” apontado por Freud em seu artigo Das Unheimlich (1919), a fim de que possamos compreender como essa relação obra/leitor vem sendo alterada e provocando sensações de dinamicidade distintas da inércia do papel, como observamos em O Jogo da Amarelinha (1963), de Julio Cortázar, e em textos de temática fantástica, como em E.T.A. Hoffmann e Edgar Allan Poe, não no sentido do assustador, mas do provocativo, do foregrounding que gera causas e efeitos significantes nas práticas literárias digitais conectadas ao ciberespaço.
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