Origem
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2011v16n1p186Resumo
Este ensaio tensiona o conceito “origem”, sua manifestação através de enigmas e sua relação com as técnicas de reprodução. Contrariamente à crítica hegemônica dos objetos estéticos e culturais – crítica que, pautada na aparência e em noções de identidade, tradição, cânone, etc., desvaloriza as reproduções dos “originais” –, o intuito é liberar tais objetos dos dispositivos de hierarquização formal, isto é, liberá-los do que se impõe ideal e positivamente, para que em cada ocorrência a reprodutibilidade seja potencializada como produtora de singularidades, de aparições. O esforço é o de manter a indecidibilidade dos enigmas (corpos, textos, imagens) em que a origem se manifesta, para que a lógica do espetáculo seja revertida em abertura de sentido, instância em que a estética se torna um fazer diante da complexidade contemporânea. Com a reprodutibilidade, uma origem sobrevive em cada um que passa: continuamente restaurada, mas incompleta, ela é passagem, presente em vestígio, em ausência.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Esta revista proporciona acesso público a todo seu conteúdo, seguindo o princípio de que tornar gratuito o acesso a pesquisas gera um maior intercâmbio global de conhecimento. Tal acesso está associado a um crescimento da leitura e citação do trabalho de um autor. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros software de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.