Em defesa do multiverso — ou abaixo a crise nas infinitas terras. Melhor: por um National Geographic literário
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2011v16n1p72Resumo
Qual o papel da história da literatura ante seu próprio objeto: manter a memória dos textos produzidos no decorrer de um intervalo de tempo, textos os quais, por definição, são dotados de multiplicidade de significação? Como organizar o relato da existência de textos cuja identidade é instável, visto ser a identidade um conjunto de significados atribuídos a um ente por um corpo cultural que com ele se depara? A partir de tais questionamentos, este artigo executa uma revisão crítica dos procedimentos teóricos aos quais classicamente se recorreu para a abordagem histórica do texto literário. Em seguida, propõe-se a adoção de uma perspectiva crítica para o historiador de literatura que se desafia a assegurar ao texto literário a propriedade que o mantém vivo no decorrer dos anos: o poder de permanecer significando.
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