Palavra e Utopia: Antônio Vieira missionário
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2012v17n1p136Resumo
Neste artigo discutiremos a imagem de Antônio Vieira, o “imperador da língua portuguesa”, no dizer de Fernando Pessoa, apresentada no filme Palavra e Utopia (2000), do cineasta português Manoel de Oliveira, em contraste com algumas biografias do jesuíta e analisando uma das escolhas dos excertos literários para compor a diegese do filme. Por privilegiar sua faceta missionária, a da defesa dos índios e dos negros escravizados no Brasil Colonial, o filme acaba por configurar um Vieira visionário e atual. Um Vieira muito a frente de seu tempo, detentor de um discurso humanístico avant la lettre, cujo desenvolvimento prático somente começaria a difundir-se após a Revolução Francesa e que no Brasil somente ganharia estatuto oficial após a assinatura da Lei Áurea, de 1988, tendo passados quase duzentos anos da morte de Vieira. Manoel de Oliveira encontra no contexto das comemorações dos 500 anos do “Descobrimento” do Brasil ocasião para revisitar esse personagem do nosso passado comum e repensar essa figura importante do universo lusófono.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Esta revista proporciona acesso público a todo seu conteúdo, seguindo o princípio de que tornar gratuito o acesso a pesquisas gera um maior intercâmbio global de conhecimento. Tal acesso está associado a um crescimento da leitura e citação do trabalho de um autor. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros software de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas. Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.