Ficção e subjetividade no documentário de Eduardo Coutinho

Autores

  • Maria Silvia Antunes Furtado UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7917.2012v17n1p193

Resumo

A literatura e o cinema sempre mantiveram abertas as fronteiras que os separam, cultivando, ao longo de suas histórias, o exercício semiótico. Considerando essa perspectiva de influência mútua, este ensaio analisa a construção da narrativa fílmica no documentário de Eduardo Coutinho e levanta questões que também são pertinentes ao âmbito da teoria da literatura. Embora o documentário tenha, em sua acepção mais comum, o caráter de objetividade, o trabalho de Coutinho subverte essa perspectiva e faz emergir desse gênero a subjetividade. O cineasta é bastante sensível ao fato de que algo, diante de uma câmara, não é mais algo em si mesmo; esse algo diante de uma câmera, diante do outro já é linguagem e, portanto, é representação daquela coisa. Em Coutinho, a construção do real se mostra a partir de uma construção ficcional. Isso nos aproxima da construção narrativa literária e, também, de uma noção de sujeito da Psicanálise, cuja constituição se dá pela linguagem e na linguagem e a partir de uma estrutura de ficção.

Biografia do Autor

Maria Silvia Antunes Furtado, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

Professora do Departamento de Letras de Letras da Universidade Estadual do Maranhão - UEMA

Mestre em Teoria da Literatura pela UFRJ

Cursando Doutorado interinstitucional UFRJ/UEMA

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Publicado

2012-05-23

Como Citar

FURTADO, Maria Silvia Antunes. Ficção e subjetividade no documentário de Eduardo Coutinho. Anuário de Literatura, [S. l.], v. 17, n. 1, p. 193–202, 2012. DOI: 10.5007/2175-7917.2012v17n1p193. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/2175-7917.2012v17n1p193. Acesso em: 27 abr. 2024.

Edição

Seção

Seção Temática: Literatura e Cinema