Merleau-Ponty, Lacan e Pessoa: o esfacelamento pulsional da visão
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2015v20n2p98Resumo
Este artigo mostra como alguns temas que Merleau-Ponty e Lacan mantêm em comum são tratados poeticamente na Ode Triunfal de Álvaro de Campos (Fernando Pessoa). Trata-se de uma tentativa de exemplificar como a literatura pode expressar a seu modo várias ideias e posições que a filosofia alcança de forma teórica. Apresentamos brevemente os conceitos de Ser Bruto e de Carne, introduzidos por Merleau-Ponty para evitar os dualismos seculares da filosofia. Além disso, esboçamos como ele, em sua obra tardia, discute o visível e o invisível no interior da mesma estratégia de reabilitação da sensibilidade que já encetara em seus primeiros escritos. Em seguida, mostramos como Lacan apropria-se de tais considerações para ressaltar a existência de uma visão, proveniente das coisas mesmas e prenhe de elementos pulsionais, que antecede o olhar do vidente. Para Lacan, o vidente sujeita-se com prazer sacrificial a tal visão e nela aniquila. Por fim, comentamos partes do poema de Pessoa em que se exemplificam os principais pontos em apreço.
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