O percurso doloroso entre a prática e a teoria: reflexões sobre a personagem urania em “A festa do bode”, de Mario Vargas Llosa

Autores

  • Eduardo Marks de Marques Universidade Federal de Pelotas
  • Raíssa Cardoso Amaral Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7917.2016v21n1p32

Resumo

Este artigo irá apresentar reflexões sobre a personagem Urania do romance A Festa do Bode, publicado originalmente em 2000, pelo escritor peruano Mario Vargas Llosa. Para esta análise, utilizou-se o conceito de metaficção historiográfica, cunhado por Linda Hutcheon ([1998] 1991) para abordar a relação entre literatura e história no romance. No que concerne à análise da personagem Urania (foco primordial do artigo) será demonstrado o entrelaçamento de memória e trauma no eixo narrativo de Urania, já que a personagem passou por uma experiência traumática em um período limite da República Dominicana: a ditadura da Era Trujillo (1930-1961). No percurso entre a teoria e prática, isto é, a vivência histórica e o conhecimento histórico, eis que surge Urania e o poder de recriar ficcionalmente as consequências que a ditaduras podem deixar nos indivíduos. Além disso, é justamente no movimento entre teoria e prática que a reconstrução da identidade dominicana de Urania torna-se possível.

Biografia do Autor

Eduardo Marks de Marques, Universidade Federal de Pelotas

Possui graduação em Licenciatura em Letras - Português e Inglês pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1999), mestrado em Letras (Inglês e Literatura Correspondente) pela Universidade Federal de Santa Catarina (2002), doutorado em Australian Literature and Cultural History - University of Queensland (2007) e pós-doutorado em Estudos Literários, ênfase em Teoria Literária pela Universidade Federal de Minas Gerais (2014). Atualmente é Professor Adjunto nível 4 da Universidade Federal de Pelotas, onde também atua como Coordenador do Colegiado do Curso de Licenciatura em Letras - Português e Inglês e, também, é presidente da Associação Brasileira dos Professores Universitários de Inglês (ABRAPUI), biênio 2016-2018. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Australiana e estudos de distopias, pós-humanismo e transumanismo, atuando principalmente nos seguintes temas: história australiana, estudos culturais australianos, estudos australianos, história cultural e teorias literárias e culturais, literatura distópica, transumanismo e pós-humanismo.

Raíssa Cardoso Amaral, Universidade Federal de Pelotas

Mestranda na área de Literatura Comparada no Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal de Pelotas, com bolsa CAPES. Graduada no curso de Licenciatura em Letras - Português e Literaturas de Língua Portuguesa pela Universidade Federal de Pelotas (2014).

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Publicado

2016-06-30

Como Citar

MARKS DE MARQUES, Eduardo; CARDOSO AMARAL, Raíssa. O percurso doloroso entre a prática e a teoria: reflexões sobre a personagem urania em “A festa do bode”, de Mario Vargas Llosa. Anuário de Literatura, [S. l.], v. 21, n. 1, p. 32–45, 2016. DOI: 10.5007/2175-7917.2016v21n1p32. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/2175-7917.2016v21n1p32. Acesso em: 6 out. 2024.

Edição

Seção

Pesquisadores docentes