Relativizando as identidades: Vitor Ramil e a estética do frio

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7917.2017v22n2p136

Resumo

Este artigo apresenta os questionamentos levantados no ensaio A estética do frio (2004), escrito e publicado pelo músico e compositor gaúcho Vitor Ramil. No ensaio, o autor expõe algumas diferenças culturais existentes no Brasil, mostrando que a produção cultural sulista tem mais afinidade com os países vizinhos, Uruguai e Argentina, do que com as demais regiões brasileiras. Para Ramil, isso ocorre devido a uma divisão simbólica do país entre Brasil quente e Brasil frio, na qual os produtos culturais que fogem da representação de uma estética quente e tropical, tendem a ficar restritos ao consumo regional. Em paralelo, no decorrer do texto, buscamos analisar como essa estética fria defendida por Ramil é dependente da estética quente para existir enquanto representação cultural. Ainda que havendo divergências e contrastes (de clima, paisagem, território, identidade), esse aparente antagonismo é complementar no que se refere à construção de identidade artística para os músicos dos pampas, funcionando como um jogo de espelhos entre os atores envolvidos. 

Biografia do Autor

Valterlei Borges de Araújo, Universidade Federal Fluminense

Possui Doutorado em Estudos de Literatura (Literatura Comparada), Mestrado em Ciência da Arte e Graduação em Produção Cultural, pela Universidade Federal Fluminense - UFF. Com formação interdisciplinar, atua no campo dos estudos de cultura, com pesquisas e artigos voltados para a crítica e a teoria das artes a partir de discussões de identidade, música popular brasileira e poesia.

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Publicado

2017-12-14

Como Citar

DE ARAÚJO, Valterlei Borges. Relativizando as identidades: Vitor Ramil e a estética do frio. Anuário de Literatura, [S. l.], v. 22, n. 2, p. 136–149, 2017. DOI: 10.5007/2175-7917.2017v22n2p136. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/2175-7917.2017v22n2p136. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Pesquisadores docentes