A Reinvenção do mundo por Sophia de Mello Breyner Andresen
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2018v23n2p161Resumo
O presente artigo pretende reler algumas das obras de Sophia de Mello Breyner Andresen nas quais a temática da viagem, no duplo movimento de reler a tradição e com ela romper, é problematizada face ao novo período de democratização e modernização da sociedade portuguesa pós-revolução. É das discussões surgidas nesse novo contexto que o chamado regresso à Europa impôs a Portugal a necessidade de se reinventar. Sabe-se que o Estado Salazarista constantemente associou sua história aos grandes feitos da expansão marítima legitimando continuamente a ideologia colonial. Como redefinir o imaginário simbólico do País sem apagar sua história de feitos e conquistas? Como recontar essa mesma história, mas agora sobre novas bases – a da democracia? Tecer esse deslocamento na trama do texto poético foi um dos desafios enfrentados pela poeta, sublinhando as ambiguidades políticas e simbólicas do país em relação tanto ao seu passado quanto aos territórios recém-saídos de seu domínio.
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