Um coelhinho na garganta: o absurdo como recorte do insólito ficcional
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2018v23n2p80Resumo
A hipótese do artigo, e consequentemente da tese de Doutorado do autor, é a de que há um conjunto crescente de narrativas, modernas e contemporâneas, que não podem ser analisadas segundo quaisquer dos parâmetros conceituais atribuídos aos subgêneros do insólito ficcional (Maravilhoso, Realismo Mágico ou Fantástico). Ainda que a literatura especializada tente recorrentemente enquadrá-las de acordo com o Fantástico, nem a construção original de Tzvetan Todorov, nem as reformulações posteriores, desenvolvidas por outros teóricos, são convincentes em suas tentativas neste sentido. O presente trabalho, portanto, objetiva problematizar a questão apresentando um corpus de cinco textos representativos deste subgênero ao qual demos provisoriamente o nome de Absurdo, seguindo o insight do próprio Todorov em sua obra clássica. Com a finalidade de apontar as peculiaridades desta categoria, faz-se um breve estudo sobre os demais subgêneros do insólito, delineando suas características a partir da teoria literária para, ao final, numa perspectiva comparada, realizar algumas observações sobre as particularidades que desde já, ainda de modo incipiente, podem ser notadas no subgênero proposto. Trata-se de um artigo exploratório, visando à especificação da problemática que será objeto dos estudos do autor no Doutoramento em Línguas Modernas: Culturas, Literaturas e Tradução, da Universidade de Coimbra, cujo início ocorreu em setembro de 2017.Downloads
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