Um coelhinho na garganta: o absurdo como recorte do insólito ficcional

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7917.2018v23n2p80

Resumen

A hipótese do artigo, e consequentemente da tese de Doutorado do autor, é a de que há um conjunto crescente de narrativas, modernas e contemporâneas, que não podem ser analisadas segundo quaisquer dos parâmetros conceituais atribuídos aos subgêneros do insólito ficcional (Maravilhoso, Realismo Mágico ou Fantástico). Ainda que a literatura especializada tente recorrentemente enquadrá-las de acordo com o Fantástico, nem a construção original de Tzvetan Todorov, nem as reformulações posteriores, desenvolvidas por outros teóricos, são convincentes em suas tentativas neste sentido. O presente trabalho, portanto, objetiva problematizar a questão apresentando um corpus de cinco textos representativos deste subgênero ao qual demos provisoriamente o nome de Absurdo, seguindo o insight do próprio Todorov em sua obra clássica. Com a finalidade de apontar as peculiaridades desta categoria, faz-se um breve estudo sobre os demais subgêneros do insólito, delineando suas características a partir da teoria literária para, ao final, numa perspectiva comparada, realizar algumas observações sobre as particularidades que desde já, ainda de modo incipiente, podem ser notadas no subgênero proposto. Trata-se de um artigo exploratório, visando à especificação da problemática que será objeto dos estudos do autor no Doutoramento em Línguas Modernas: Culturas, Literaturas e Tradução, da Universidade de Coimbra, cujo início ocorreu em setembro de 2017.

Biografía del autor/a

Bruno Macêdo Mendonça, Universidade de Coimbra

Possui graduação em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (2003). Inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil desde 2004. É Analista Processual do Ministério Público Federal, lotado na Procuradoria Regional da República da 5ª Região, mas se encontra de licença não remunerada desde outubro de 2017. É Especialista em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (2008) e Mestre em Relações Internacionais (2012) pela mesma Universidade. É Escritor, autor da coletânea de contos "Trôpegos visionários" (assinando com pseudônimo "Caio Lobo") e do romance "Liberdade",  Lançamentos da Editora Kazuá. Foi um dos vencedores do Prêmio SFX-2016 de Literatura e 3º lugar no XXVI Prêmio Literário José Cândido de Carvalho. É colunista da Revista Philos (www.revistaphilos.com), onde publica mensalmente contos, ensaios e poemas com o pseudônimo Caio Lobo. Já publicou contos em diversas revistas literárias eletrônicas, como a Gueto, a Desenredos e a Subversa. Em setembro de 2017, foi aprovado em primeiro lugar no Doutorado de Línguas Modernas da Universidade de Coimbra, Portugal, onde mora atualmente.

Publicado

2018-11-09

Cómo citar

MENDONÇA, Bruno Macêdo. Um coelhinho na garganta: o absurdo como recorte do insólito ficcional. Anuário de Literatura, [S. l.], v. 23, n. 2, p. 80–99, 2018. DOI: 10.5007/2175-7917.2018v23n2p80. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/2175-7917.2018v23n2p80. Acesso em: 11 dic. 2024.

Número

Sección

Artigos