Memória rastro em poemas de Conceição Evaristo
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2019v24n1p13Resumo
A poesia de Conceição Evaristo é conhecida por desvelar aquilo que há muito permaneceu encoberto: a voz negra feminina, uma voz que, paradoxalmente, sempre existiu, mas era ecoada em ouvidos ensurdecidos. Agora, os tantos gritos perdidos da diferença podem ser ouvidos e os ouvidos são colocados à prova, pois reconhecer e vislumbrar a ausência trazida pelos signos – quando antes acreditávamos que eles traziam a presença – não é tarefa fácil. Assim, pois, entendemos e nos propomos a analisar os poemas da autora: sua poesia encerra o rastro – a ausência, o outro, que carrega em si uma potencialidade significativa justamente enquanto é sombra, pois as vozes negras estão em cena, mas, ainda, não estão à luz, entretanto estar à sombra se faz potência. Para esta discussão, evocaremos, portanto, o conceito derridiano de rastro num diálogo com o conceito de memória, por considerarmos que é através da memória daquelas vozes que se constroem os rastros na poesia de Conceição Evaristo.Downloads
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