“Tudo o que fizemos foi tomar a BR-116...”: a estrada queer de "Todos nós adorávamos caubóis"
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2020v25n1p53Resumo
O presente artigo tem como objetivo debater acerca do sistema sexo-gênero e da centralidade dos modelos hegemônicos de relações afetuosas no campo da sexualidade a partir do romance de Carol Bensimon, Todos nós adorávamos caubóis, de 2013. A escritora apresenta em sua narrativa duas mulheres protagonistas em uma road novel peculiar, na qual as personagens vagam como forasteiras na própria terra onde nasceram, tentando compreender suas identidades tanto individuais quanto no relacionamento conflitante entre as duas. O estudo possui como norte teórico a pesquisa de Regina Dalcastagnè (2005) a respeito da personagem do romance brasileiro contemporâneo como sintoma da não democratização do fazer literário e a Teoria Queer que se estabelece como uma categoria epistemológica ao dialogar com os estudos literários e com os mecanismos de exclusão das relações de poder frente às diversas manifestações da sexualidade. Portanto, textos de Adrienne Rich (2010), Teresa de Lauretis (1994) e Judith Butler (2000; 2016) são suporte para o entendimento dos efeitos das diversas tecnologias sociais que controlam o comportamento de gênero e da heteronormatividade como regulação do desejo nos interiores da sociedade e do texto literário.Referências
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