O experimentalismo gráfico-visual na poesia-resistência de Fernando Aguiar: breve análise de O dedo (poema em 22 andamentos)
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2024.e92545Palavras-chave:
Experimentalismo, Resistência, Poesia gráfico-visual, Fernando AguiarResumo
A poética de Fernando Aguiar se inscreve em entrecruzamentos experimentalistas, que se situam nos campos gráfico, visual e performático. Este fazer poético experimental é também de resistência, dado que se estabelece em uma perspectiva da poiesis que se contrapõe ao “fazer prático” contemporâneo, levando, pela ressignificação tanto do instrumento poético quanto dos próprios sentidos e de construtos sociais, a uma fruição que viabiliza a reflexão sobre a própria condição humana. Neste artigo, lançamos olhar para uma das obras da experimentação gráfico-visual do poeta, O Dedo (poema em 22 andamentos), o qual analisamos, nas perspectivas do experimentalismo e da resistência, à luz dos postulados teóricos de Giorgio Agamben (2013), Jacques Rancière (1996), E. M. de Melo e Castro (1993; 2014), Michel Foucault (1986; 2000) e Paul Zumthor (2007), a fim de apresentar ao leitor como o fazer poético aguiariano se propõe à provocação, à contestação das estruturas estabelecidas e consolidadas seja para a poesia, seja para a vivência social humana.
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