Relações intertextuais entre literatura e história no romance O Filósofo, a Enfermeira e o Trapaceiro, de Max Velati
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2024.e95806Palavras-chave:
Romance histórico, Ficção, História, Memória, HibridismoResumo
O romance histórico contemporâneo é um gênero literário que combina eventos reais do passado com a liberdade inventiva do autor, levando os leitores a vivenciar intrigas, crimes, batalhas e mistérios. Consolidado no século XIX, desempenha um papel importante na construção da nacionalidade e identidade dos países, incorporando veracidade e criação literária para reconstruir acontecimentos e costumes de uma época específica. A fronteira entre ficção e história é tênue e faz com que a linguagem crie ordem e reinvente episódios e protagonistas históricos. O romance O Filósofo, a Enfermeira e o Trapaceiro é um exemplo que mescla dados éticos, filosóficos, históricos e psicológicos, permitindo que o público leitor se conecte com personagens e suas vivências na sociedade imperial brasileira. A hibridização, utilizada no romance de Max Velati é uma tendência crescente na literatura contemporânea e combina elementos de diferentes gêneros literários, como fantasia, mistério, romance de época, entre outros, permitindo que múltiplas abordagens narrativas, estilos e temáticas, sejam explorados ao mesmo tempo em que o contexto histórico é preservado como pano de fundo. A hibridização existente na trama possibilita reflexões sobre temas atuais, utilizando o cenário histórico como uma lente para analisar e discutir asserções relevantes, trazendo-as para a narrativa. Partindo dessas premissas, salientamos que nosso intuito com essa análise até então original no meio acadêmico não é outra senão a de levantar discussões, com base em perspectivas críticas e literárias, a partir de pesquisas em fontes digitais e físicas relacionadas ao gênero do romance histórico e à combinação de outros estilos textuais que o circundam.
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