A Casa da Madrinha: o processo de individuação na obra de Lygia Bojunga
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2021.e74760Resumo
Consagrada entre os mais destacados escritores brasileiros da literatura infantojuvenil, a narrativa de Lygia Bojunga entrelaça a temática social ao conflito psicológico e ao processo de amadurecimento das personagens protagonistas. Ou seja, elementos do real servem de base para a fantasia, possibilitando várias formas de leitura das histórias criadas pela escritora. Nesse sentido, o presente artigo traz uma abordagem teórico-analítica, em que o objetivo foi analisar a obra A Casa da Madrinha, de Lygia Bojunga (2015), a partir de uma leitura junguiana. A jornada de Alexandre, personagem central, é desvelada como símbolo do processo de individuação. A Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung (1875-1961) foi utilizada como instrumento de revelação do simbólico, do mitológico da obra da escritora, ou seja, para a interpretação do espaço de fantasia da narrativa e do processo de individuação do personagem protagonista da história. Na literatura de Lygia Bojunga, a imaginação não aparece como fator de alienação do real, mas como processo fundamental de transformação e mobilização da vida, onde o personagem Alexandre, na experiência de seu processo de individuação, foi capaz de ressignificar seus espaços de vida exterior e interior.Referências
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