Maravilhas zoológicas na "Enciclopédia" de Plínio, o Velho, a partir de duas sugestões de Ítalo Calvino
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2015v20nesp1p143Resumen
Neste artigo, gostaríamos de apresentar algumas ideias presentes no livro VIII da obra Naturalis Historia, de autoria do escritor romano Plínio, o Velho. Para isso, depois de situar Plínio do ponto de vista humano, intelectual e histórico em sua própria época, passamos a examinar como o autor fez a abordagem do assunto dos elefantes e de vários seres fabulosos (como dragões e basiliscos) na mesma parcela da obra citada. No primeiro caso, assim como o Virgílio do livro IV das Geórgicas (que esse poeta dedicou à apicultura), Plínio desejou mostrar a sociedade animal focalizada como algo, ao mesmo tempo, muito próximo e distante da cultura e dos sentimentos humanos. Quanto à abordagem pliniana de seres que hoje diríamos “monstruosos” por sua desmesura, forte hibridização ou capacidade de lesar bastante os homens ou outras criaturas, nota-se que o autor antigo parece realizá-la com a naturalidade de alguém ciente do caráter altamente inventivo das forças geradoras atuantes no mundo. Nesse movimento de deter-se sobre os aspectos bizarros do mundo, Plínio foi posteriormente seguido de perto por Jorge Luis Borges, autor de O livro dos seres imaginários.
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