Mário de Sá-Carneiro: suicídio ou transfiguração?

Autores/as

  • Ermelinda Maria Araújo Ferreira Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7917.2016v21n2p89

Resumen

Vivemos uma era de inflação: dinheiro inflacionado, cargos inflados, cartas de recomendação infladas, reputações infladas e ideias infladas. O pós-modernismo, sem designação própria, não passa, para alguns, de uma versão enfatuada do modernismo. O excessivo racionalismo da sociedade ocidental fracassou na construção de defesas contra o irracional. Seu culto ingênuo do progresso deixou a humanidade vulnerável aos horrores do século XX. No alvorecer dessa época, no centro do picadeiro dessas questões, surgiu em Portugal um movimento conduzido por uma jovem dupla de poetas antitéticos e complementares, Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro: o sério e o fútil, o magro e o gordo, o pesado e o leve, o sobrevivente e o suicida. Cada vez mais atuais no século XXI, suas obras refletem, exemplarmente, a espetacularização do real e a dessubstancialização do sujeito num mundo em contínua metamorfose. 

 

Biografía del autor/a

Ermelinda Maria Araújo Ferreira, Universidade Federal de Pernambuco

Formada em Letras e Medicina, Professora doutora do Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal de Pernambuco, colaboradora do IEMo - Instituto de Estudos Modernistas da Universidade Nova de Lisboa e do Programa de Pós-graduação em Literatura e interculturalidade da UEPB. Pesquisadora do CNPq, líder do Núcleo de Estudos de Literatura e Intesermiose (http://www.neliufpe.com.br), editora da Intersemiose - revista digital.

Publicado

2016-12-06

Cómo citar

FERREIRA, Ermelinda Maria Araújo. Mário de Sá-Carneiro: suicídio ou transfiguração?. Anuário de Literatura, [S. l.], v. 21, n. 2, p. 89–100, 2016. DOI: 10.5007/2175-7917.2016v21n2p89. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/2175-7917.2016v21n2p89. Acesso em: 21 nov. 2024.

Número

Sección

Dossiê "Mário de Sá-Carneiro: Eu-próprio o Outro: 100 anos depois"