A paratopia nos romances policiais de Leonardo Sciascia
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2018v23n2p100Resumen
Este trabalho tem como objetivo analisar o conceito de paratopia, criado pelo linguista Dominique Maingueneau, nos romances policiais O dia da coruja (1961) e A cada um o seu (1966), de Leonardo Sciascia. Segundo o linguista, a paratopia, que consiste num não lugar, é tanto condição quanto produto da obra literária. Este conceito, apresentado por Maingueneau, sob o título Discurso Literário, relaciona-se ao autor da enunciação literária que se coloca, ao mesmo tempo, como ausente e presente do seu local de produção. Esse processo paradoxal de relacionamento com o seu local, o escritor leva à sua obra, colocando todos os elementos da narrativa à serviço de sua situação paratópica. Assim, refletiremos sobre a condição paratópica do escritor, jornalista e político Leonardo Sciascia e como ele a transpôs aos seus romances policiais, chamados de gialli, na Itália, em decorrência da cor da capa de uma série de romances policiais publicados no país.
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