Água viva: orienta(liza)ção modernista
Resumen
O cânone modernista é relacionado, convencionalmente, à Semana de 1922 e analisado por meio do foco na forma como unidade primordial. Nesse trabalho, propõe-se analisar Água viva (1973), da escritora Clarice Lispector, modernista dissidente, por via do Taoísmo chinês, filosofia que desperta o interesse pela proposição da heterogeneidade através do Tao, e o retorno a uma cultura cíclica e produtora de tensão. No Taoísmo, como na caligrafia chinesa, a forma se esvai, devolvendo potência ao vazio e ao informe; aspectos que permitem uma mudança no modo ocidental de analisar a arte, ressaltando o confronto, a força, ao invés da forma. Essa “herança oriental” está presente tanto na artista brasileira Maria Martins (1894-1973), autora de Ásia maior: o planeta China (1958) como no escritor mexicano Octavio Paz (1914-1998), autor de Conjunciones y disyunciones (1969) obras que serão centrais nas considerações acerca da presença do Oriente em Água viva. O interesse pelo Oriente tem como conseqüência não só a ampliação dos estudos culturais, como também resulta em um meio de se tratar do hibridismo pós-moderno presente nas teorias pós-estruturalistas. Nesse trabalho, ele será utilizado para tratar da obra mencionada, rearticulando-a no modernismo, de forma a lhe permitir novos meios de disseminação.Descargas
Publicado
2007-07-30
Cómo citar
MATA, Larissa Costa da. Água viva: orienta(liza)ção modernista. Anuário de Literatura, [S. l.], v. 12, n. 12, p. 7–20, 2007. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/5445. Acesso em: 3 jul. 2024.
Número
Sección
Umbral
Licencia
Derechos de autor 2008 Larissa Costa da Mata
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
![Licença Creative Commons](https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição 4.0 Internacional.