Um mundo nunca fechado

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7917.2022.e87238

Palabras clave:

Literatura, Arquitetura, História Local

Resumen

O presente ensaio, escrito na sequência de uma investigação académica de Mestrado em Arquitetura, visa demonstrar a importância da cultura literária no trabalho de projecto de arquitetura. Tomam-se dois exemplos concretos para ilustrar a importância desta relação. Por um lado, o plano para a Cidade Velha (Cabo Verde) coordenado por Álvaro Siza Vieira, plano que não pôde ser bem-sucedido pelo seu distanciamento às aspirações e tradições locais. Como interpretar então a história local, como compreender a relação dos habitantes com o seu habitat? A resposta que aqui se propõe é que a literatura contribui precisamente para isto: ela ensina-nos a sondar a história dos lugares. Toma-se como exemplo a obra de Agustina Bessa-Luís, salientando a relevância que certos espaços têm na sua obra, atravessando vários títulos, e portanto extravasando o universo romanesco e situando-se no campo da memória e da experiência pessoal da autora. No confronto entre estes dois entendimentos dos lugares (um, técnico e exterior, o outro, sensível e pessoal) procura-se defender a importância duma maior cultura literária no trabalho de arquitetura.

Biografía del autor/a

., António Costa Lima Arquitectos

Nascido em Braga, 1991. Mestrado em Arquitetura em 2017, trabalho final incluiu uma dissertação escrita sobre a dimensão espacial de dois romances de Agustina Bessa-Luís. Colaborador desde 2018 no atelier António Costa Lima Arquitetos. Em 2020 foi um dos oradores do evento Conferências Andantes dedicado a Agustina Bessa-Luís (organização Stay To Talk).

Citas

ALVES COSTA, Catarina. Siza Vieira, o arquitecto e a Cidade Velha (documentário videográfico). Lisboa: Laranja Azul, 2003.

BESSA-LUÍS, Agustina. Mundo Fechado. Lisboa: Guimarães Editores, 2004 [1948].

BESSA-LUÍS, Agustina. A Sibila. Lisboa: Guimarães Editores, 1995 [1954].

BESSA-LUÍS, Agustina. O Mosteiro. Lisboa: Guimarães Editores, 1980.

Publicado

2022-11-01

Cómo citar

. Um mundo nunca fechado. Anuário de Literatura, [S. l.], v. 27, p. 01–07, 2022. DOI: 10.5007/2175-7917.2022.e87238. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/87238. Acesso em: 27 jul. 2024.

Número

Sección

Dossiê 100 anos de Agustina Bessa-Luís