Um mundo nunca fechado
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2022.e87238Palabras clave:
Literatura, Arquitetura, História LocalResumen
O presente ensaio, escrito na sequência de uma investigação académica de Mestrado em Arquitetura, visa demonstrar a importância da cultura literária no trabalho de projecto de arquitetura. Tomam-se dois exemplos concretos para ilustrar a importância desta relação. Por um lado, o plano para a Cidade Velha (Cabo Verde) coordenado por Álvaro Siza Vieira, plano que não pôde ser bem-sucedido pelo seu distanciamento às aspirações e tradições locais. Como interpretar então a história local, como compreender a relação dos habitantes com o seu habitat? A resposta que aqui se propõe é que a literatura contribui precisamente para isto: ela ensina-nos a sondar a história dos lugares. Toma-se como exemplo a obra de Agustina Bessa-Luís, salientando a relevância que certos espaços têm na sua obra, atravessando vários títulos, e portanto extravasando o universo romanesco e situando-se no campo da memória e da experiência pessoal da autora. No confronto entre estes dois entendimentos dos lugares (um, técnico e exterior, o outro, sensível e pessoal) procura-se defender a importância duma maior cultura literária no trabalho de arquitetura.
Citas
ALVES COSTA, Catarina. Siza Vieira, o arquitecto e a Cidade Velha (documentário videográfico). Lisboa: Laranja Azul, 2003.
BESSA-LUÍS, Agustina. Mundo Fechado. Lisboa: Guimarães Editores, 2004 [1948].
BESSA-LUÍS, Agustina. A Sibila. Lisboa: Guimarães Editores, 1995 [1954].
BESSA-LUÍS, Agustina. O Mosteiro. Lisboa: Guimarães Editores, 1980.
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Derechos de autor 2022 Hugo Antonio Lopes Martins
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