Literatura indígena: escrita-eco e [re]tomadas a partir do regime estético das artes de Jacques Rancière

Autores

  • Alessandra Guterres Deifeld Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-784X.2020.e82770

Palavras-chave:

Literatura indígena, Regime estético das artes, Vida democrática

Resumo

O presente artigo realiza uma reflexão sobre a expansão do comum e as novas tomadas de parte no sensível decorrentes da revolução estético-política provocada por sujeitos indígenas na esfera das artes que apresentam fraturas no consenso, de modo a reaflorar o dissenso e remodelar a vida democrática. O ponto de partida é a legitimação do indígena enquanto sujeito político de direitos, a partir da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, tendo como fio condutor as concepções de Jacques Rancière acerca de regime estético das artes, política e democracia. Para diminuir a lacuna ruidosa entre o contexto que concebe os aparatos teóricos aqui mobilizados e o contexto em que se inserem os sujeitos indígenas de Pindorama, se procede um ajuste nas lentes que evidencia o eco da palavra indígena e contemporiza sua existência.

Biografia do Autor

Alessandra Guterres Deifeld, Universidade Federal de Santa Catarina

Mestranda em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina (2020). Pós-Graduada em Direito Constitucional pela Universidade do Vale do Itajaí (2019). Graduada em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí (2018).

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Publicado

2022-08-26