A experiência comum

Autores

  • María Mecedes Rodriguez Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-784X.2020.e82999

Palavras-chave:

Comunidade, Subjetividade, Experiência

Resumo

O que sustenta a ideia de comunidade? É uma propriedade substancial dos membros que a integram? Ou é um vazio, uma ausência, uma falta? Como dizer "nós" sem apelar a discursos essencialistas que fazem da comunidade um corpo fechado e unitário constituído em oposição a um "outro"? A partir destas questões, o ensaio propõe indagar o problema da comunidade, em relação às noções de subjetividade, identidade, corpo e experiência. Num primeiro momento, expõe algumas considerações de Giorgio Agamben acerca do papel dos dispositivos nos processos de subjetivação, e problematiza certos enunciados dicotômicos subjacentes em seu pensamento. Num segundo momento, recorre ao pensamento de dois autores que, desde diferentes óticas, questionam todo substrato ontológico tanto do "ser" quanto dos sujeitos coletivos: Jean Luc Nancy e Judith Butler. Por último, retoma o conceito de "comunidade" elaborado por Roberto Esposito e o relaciona com a experiência interior de Bataille.

Biografia do Autor

María Mecedes Rodriguez, Universidade Federal de Santa Catarina

É doutoranda e mestre em Teatro pelo Programa de Pós-Graduação em Arte Cênicas do Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina (CEART-UDESC) (2018). Possui bacharelado e licenciatura em teatro com os títulos de Tecnicatura de Actuación e Profesorado de Teatro EGB 1, 2, 3 e Polimodal, pela Escuela de Teatro La Plata da Provincia de Buenos Aires, Argentina (2012). Desde o 2015, integra o Grupo de Pesquisa Imagens Políticas (CEART-UDESC). Desde 2019 integra o Núcleo de Estudos sobre a Criação Artística ÁHQIS (CEART-UDESC). Desempenha-se como pesquisadora, atriz, performer, roteirista, e diretora audiovisual.

Referências

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Publicado

2022-08-26