A memória drummondiana nos álbuns de família: uma análise de “Retrato de família”

Autores

  • Mariane Pereira Rocha Universidade Federal de Pelotas
  • Aulus Mandagará Martins Universidade Federal de Pelotas

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-784X.2017v17n28p5

Resumo

Este trabalho se propõe a estabelecer uma reflexão sobre a possibilidade de diálogo entre a fotografia e a poesia em Carlos Drummond de Andrade. Entendendo a fotografia como fenômeno multifacetado, neste artigo nos deteremos na fotografia como dispositivo que propicia capturar e fixar o tempo passado. Com o apoio do pensamento de Benjamin, Barthes e Sontag acerca da linguagem fotográfica, que apontam para uma problematização dessa captura e fixação da memória, analisamos o poema “Retrato de família” de A rosa do povo (1945) a fim de entender de que modo o poema se apropria da linguagem fotográfica e de seus usos culturais. Percebemos a partir dessa análise que a referência à fotografia tem por efeito subverter a crença da qual nunca se desconfia de que a foto “preserva” o passado de forma fidedigna, de modo a se poder recuperar aquele tempo passado intacto, posto que fixado na imagem fotográfica.

Biografia do Autor

Mariane Pereira Rocha, Universidade Federal de Pelotas

Mestranda em Literatura Comparada pela Universidade Federal de Pelotas. Possui Licenciatura em Letras com habilitação em Português, Inglês e respectivas Literaturas pela Universidade Federal do Pampa (2015). 

Aulus Mandagará Martins, Universidade Federal de Pelotas

Professor associado do Centro de Letras e Comunicação da Universidade Federal de Pelotas, exercendo atividades de docência em graduação e pós-graduação. É professor-orientador do Programa de Pós-Graduação em Letras (Área de Literatura Comparada). Atua na área de Letras, com ênfase nos seguintes temas: literatura e história, literatura e trauma, poesia brasileira moderna e contemporânea, poesia e fotografia. 

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Publicado

2018-03-16