O cinematógrafo como arquifilologia: em busca do real perdido

Autores

  • Vanessa Rocha de Souza Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.5007/1984-784X.2018v18n29p224

Resumo

O presente artigo tem por objetivo ler os escritos de Robert Bresson em torno do cinematógrafo ao lado do pensamento crítico do pesquisador Raúl Antelo. Diante dessa aproximação, a noção de arquifilologia emerge na escritura de ambos ao estabelecer rupturas com o real das imagens. O procedimento arquifilológico lança de forma singular o tempo anacrônico, desvelando a importância da montagem, do silêncio e do vazio como força. O fragmento recompõe imagens e sons em um deslocamento que joga com o acaso e escreve uma história intervalar, na qual o animal aparece como um vestígio que expõe o humano à sua própria morte.

Biografia do Autor

Vanessa Rocha de Souza, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Mestranda em Memória Social no Programa de Pós-Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.

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Publicado

2018-09-05