Etnicidade e memória entre quilombolas em Irará, Bahia

Autores

  • Jucélia Bispo dos Santos Faculdade Arquidiocesana de Feira de Santana

DOI:

https://doi.org/10.5007/2178-4582.2009v43n1p121

Resumo

Este trabalho faz uma apreciação do percurso histórico dos quilombolas da comunidade de Olaria, no município de Irará, no estado da Bahia. Esta região fica localizada a 6 km do distrito sede, foi fundada no final do século XIX por famílias de ex-escravos que resistiram à escravidão. A origem da ocupação inicial data de mais de cem anos, segundo a memória dos moradores mais antigos, as referidas terras, nas quais os atuais moradores residem, foram ocupadas num período anterior à Lei Áurea, assinada em 13 de maio de 1888 pela princesa Isabel do Brasil. A recordação dos nativos mais velhos abaliza que os primeiros moradores desse lugar chagaram à região por volta de 1840. Assim sendo, apresenta-se uma análise que identifica as dinâmicas interétnicas que foram constituídas em torno da memória dos quilombolas, nos períodos que vão da origem do município, na segunda metade do século XVII, aos dias atuais, quando essas comunidades foram conhecidas como remanescentes de quilombos.

 

Biografia do Autor

Jucélia Bispo dos Santos, Faculdade Arquidiocesana de Feira de Santana

Doutoranda em Sociologia pela Universidade Federal de Sergipe.Tem mestrado em Estudos Étnicos e Africanos pela Universidade Federal da Bahia (2008). Possui graduação em Licenciatura em História (2002) e especialização em História Social da Bahia (2005) pela Universidade Estadual de Feira de Santana. Atualmente exerce a função de professora de Sociologia Geral na Faculdade Arquidiocesana de Feira de Santana.

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Publicado

2009-01-01

Edição

Seção

Artigos