Herbert Marcuse, Paulo Freire e a economia solidária como alternativa emancipatória
DOI:
https://doi.org/10.5007/2178-4582.2011v45n2p425Resumo
O presente artigo visou compreender porque as tentativas de revoluções de caráter socialista “fracassaram”, utilizando como referência as concepções de Marcuse e Freire. Para realizar esta tarefa recorremos principalmente à análise das obras Eros e civilização de Marcuse (1968) e Pedagogia do oprimido de Freire (2006b). Constatamos algumas similaridades nas perspectivas destes autores. Marcuse (1968) recorreu às teorias psicanalíticas de Freud para compreender este fenômeno, e concluiu que a causa é a repressão das pulsões de vida (Eros) que gera indivíduos aptos a aceitarem uma sociedade repressiva e a temerem sua libertação. Freire (2006b), por sua vez, partiu da premissa de que os oprimidos carregam dentro de si o opressor, reproduzindo suas atitudes e comportamentos quando chegam ao poder, pois temem a liberdade de preencher o vazio deixado pela expulsão do opressor. Para sanar estes problemas, Marcuse (1968) pregava a luta pela redução do trabalho alienado, e Freire (2006b) a busca por uma educação dialógica entre o educando e o educador. Depois da exposição e interpretação das leituras dos dois autores, apresentamos a Economia Solidária como um cenário para a implementação das saídas sugeridas por Freire (2006b) e Marcuse (1968), o que a torna uma possível nova via revolucionária.
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