A interface da Psicologia com a Saúde Mental: o uso de oficinas estéticas em um hospital psiquiátrico

Autores

  • Marcela Andrade Gomes Faculdade de Ciências Sociais de Florianópolis (Complexo de Ensino Superior de Santa Cataria)
  • Camila Oliveira Silva

DOI:

https://doi.org/10.5007/2178-4582.2013v47n2p233

Resumo

Partindo de oficinas estéticas realizadas junto aos internos de uma unidade de hospital psiquiátrico, este artigo relata uma experiência de intervenção, incitando o debate sobre o conceito de saúde mental, suas implicações políticas, éticas e psicossociais. Apontamos para novos caminhos no tratamento do sofrimento psíquico, abarcando a complexidade do processo saúde/doença e os modos de subjetivação/singularização do sujeito. Em consonância com a psicologia sociohistórica, compreendemos que qualquer intervenção no campo da saúde mental possibilite ao sujeito ocupar o lugar de agente em seu tratamento, abrindo espaço para que suas demandas e desejos emerjam, possibilitando o desenvolvimento de recursos e estratégias para lidar com seu sofrimento. O trabalho realizado mobilizou reflexões críticas por parte dos participantes das oficinas, de modo que condições foram construídas para reivindicar seus direitos e garantir sua cidadania, no entendimento de que o sofrimento psíquico é, também, ético-político.

Biografia do Autor

Marcela Andrade Gomes, Faculdade de Ciências Sociais de Florianópolis (Complexo de Ensino Superior de Santa Cataria)

Graduada, mestre e doutora pela Universidade Federal de Santa Catarina, na área da Psicologia Social e Política, professora do Curso de Psicologia da Faculdade de Ciências Sociais de Florianópolis (Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina).

Camila Oliveira Silva

Psicoterapeuta formada em Psicologia pela Faculdade de Ciências Sociais de Florianópolis (Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina).

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Publicado

2013-10-04

Edição

Seção

Artigos