O Maciço do Morro da Cruz (MMC) em Florianópolis (SC) de não território a território do PAC

Autores

  • Elaine Dorighello Tomás UFSC/ Geografia
  • Luiz Fernando Scheibe UFSC/Geociências

DOI:

https://doi.org/10.5007/2178-4582.2015v49n1p165

Resumo

Caracterizado inicialmente como um Não Território, o Maciço do Morro da Cruz será ao longo da urbanização de Florianópolis modificado sucessivas vezes, até o momento em que se caracteriza, no ano 2012, como Território do PAC-Florianópolis. Sua população, apesar de viver em uma área central do atual aglomerado urbano, é considerada periférica. Situada em área de assentamentos precários, não escapa a problemas urbanos de ordem social e ambiental. Composta por aproximadamente 18 comunidades sofreu, durante muito tempo, pela ausência de investimentos públicos e pela falta de reconhecimento de seus direitos cidadãos. Objetivo do estudo reside na análise do histórico e da construção das diversas territorialidades constituídas ao longo do tempo no espaço do MMC, tanto a partir de sua ocupação inicial como área periférica, passando pela deliberada construção conceitual de um Território (do Fórum) do MMC, até as versões conflitantes, de um Território das Zeis e um Território do PAC-Florianópolis.

Biografia do Autor

Elaine Dorighello Tomás, UFSC/ Geografia

Arquiteta e Urbanista pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas em 1987, concluiu mestrado e doutorado em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina em 1996 e 2012 respectivamente. Atuou com arquiteta na Prefeitura Municipal de São Paulo entre 1989 e 1990. Atuou também como docente na área de Planejamento Urbano e Regional nos cursos de Arquitetura em Campinas (Puccamp, 1989) e em Chapecó (Unochapecó, 2013). Tem experiência nos seguintes temas: urbanização de favelas; desenvolvimento urbano; áreas de risco; implementação de Planos de ZEIS (Zonas Especiais de Interesse Social) e avaliação das obras do PAC.

Luiz Fernando Scheibe, UFSC/Geociências

Luiz Fernando Scheibe é geólogo (1964/UFRGS) e concluiu o doutorado em Ciências (Mineralogia e Petrologia) pelo instituto de Geociências da Universidade de São Paulo em 1986. Atualmente é pesquisador 2 do CNPq e professor titular emérito voluntário da Universidade Federal de Santa Catarina. Publicou 48 artigos em periódicos especializados e 77 trabalhos em anais de eventos. Possui 32 capítulos de livros e 6 livros organizados. Orientou 22 dissertações de mestrado e 18 teses de doutorado e co-orientou 4 teses de doutorado, além de trabalhos de conclusão de curso nas áreas de Geociências, Geografia e Ecologia. Recebeu o Prêmio Destaque Pesquisador da UFSC (50 Anos) em 2010, e a medalha de Mérito da Cidade de Florianópolis e o título de Professor Emérito da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2012. Atua na área de Geociências e nos Programas de Pós-Graduação em Geografia e Interdisciplinar em Ciências Humanas da UFSC, com ênfase em Geoecologia e Hidrogeologia. Em suas atividades profissionais interagiu com mais de uma centena de colaboradores em co-autorias de trabalhos científicos. Em seu currículo Lattes os termos mais freqüentes na contextualização da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: Analise Ambiental, Desenvolvimento Sustentavel, Regiao Sul Catarinense, Bacia Hidrografica do Rio Araranguá, Gestão de recursos hídricos, Maciço Central do Morro da Cruz, Educação Ambiental, Desenvolvimento Urbano, Recursos Hídricos e Unidades de Conservacao. Coordena em SC o projeto Rede Guarani/Serra Geral (www.rgsg.org.br).

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Publicado

2015-07-01

Edição

Seção

Dossiê