O problema da diferença antropológica na fenomenologia de Etienne Bimbenet
DOI:
https://doi.org/10.5007/2178-4582.2018.e47324Resumo
Neste artigo, apresentamos e discutimos as reflexões realizadas por Etienne Bimbenet (2014) e Maurice Merleau-Ponty (2006) em torno do problema da diferença antropológica, referente à comparação entre os comportamentos humanos e animais. Para estes autores, a ordem humana inaugura uma nova estrutura de comportamentos em relação à ordem vital. Tanto Merleau-Ponty como Bimbenet entendem que a vida animal e a vida humana são ordens originais que apresentam modos específicos de interação com o ambiente. A experiência animal nos revela uma orientação comportamental ditada por valores funcionais específicos que selecionam os estímulos dotados de um sentido para o organismo. Contudo, os autores reconhecem que a percepção humana é essencialmente distinta desta lógica de funcionamento, visto que a capacidade de desprendimento do próprio ponto de vista em direção a um mundo inter-subjetivo constitui-se como o traço fundamental da experiência humana.
Referências
BIMBENET, E. O animal que não sou mais. Tradução Maurício José D’Escragnolle Cardoso. Curitiba: UFPR, 2014. (Trabalho original publicado em 2011).
GOLDSTEIN, K. La Sructure de l’organisme. Tradução E. Buckhartdt; J. Kuntz. Paris: Gallimard, 1983. (Trabalho original publicado em 1934);
MERLEAU-PONTY, M. A Estrutura do Comportamento. Tradução Márcia Valéria Aguiar. 1. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006a. (Trabalho original publicado em 1942).
TOMASELLO,M. Origens culturais da aquisição do conhecimento humano. Tradução Cláudia Berliner Sao Paulo: Martins Fontes. 2003 (Trabalho original publicado em 1999).
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
A aprovação dos textos implica a cessão imediata e sem ônus dos direitos de publicação na Revista de Ciências Humanas - UFSC, que terá a exclusividade de publicá-los em primeira mão. O autor continuará, não obstante, a deter os direitos autorais para publicações posteriores. No caso de republicação dos artigos em outros veículos, recomenda-se a menção à primeira publicação em Revista de Ciências Humanas.
Política de Acesso Livre – A RCH é publicada sob o modelo de acesso aberto sendo, portanto, livre para qualquer pessoa ler, baixar, copiar e divulgar.
Esta revista proporciona acesso público a todo seu conteúdo, seguindo o princípio de que tornar gratuito o acesso a pesquisas gera um maior intercâmbio global de conhecimento. Tal acesso está associado a um crescimento da leitura e citação do trabalho de um autor. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros software de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas.
Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons
.