Representações femininas sobre a experiência da esterilização: solução ou problema?

Autores

  • Luzinete Simões Minella Professora Adjunta do Departamento de Ciências Sociais e Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política da UFSC

DOI:

https://doi.org/10.5007/%25x

Resumo

O objetivo deste artigo consiste em tratar os aspectos positivos e negativos da esterilização feminina, de acordo com o ponto de vista de dois grupos de mulheres esterilizadas em Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, a partir de uma discussão sociológica sobre o seu estado de saúde atual, avaliando-se as relações que costumam fazer entre este estado e a condição de esterilizada. 0 primeiro grupo está constituído por mulheres provenientes de um bairro de baixa renda, predominantemente donas de casa e o segundo grupo inclui funcionárias públicas, estudantes e professoras universitárias, provenientes dos setores médios da sociedade, totalizando quarenta mulheres. A metodologia da pesquisa baseou-se em um questionário estruturado de modo a registar tanto dados objetivos, ligados renda, idade, ocupação, número de filhos, etc., quanto dados subjetivos, ligados as representações das mulheres sobre o período pós-esterilização. Além de uma série de outros aspectos, tornou-se possível concluir que não existe consenso sobre as conseqüências da esterilização, constatando- se a existência de uma proporção significativa de mulheres (27,5) que percebem alterações de saúde após a laqueadura.

Biografia do Autor

Luzinete Simões Minella, Professora Adjunta do Departamento de Ciências Sociais e Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política da UFSC

Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (1972), mestre em Ciências Sociais pela mesma Universidade (1977) e doutora em Sociologia, Universidad Nacional Autónoma de México (1989). Realizou estágio de pós-doutorado no Núcleo de Estudos de População da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp,1998). Atualmente é profa. adjunta iv aposentada da Universidade Federal de Santa Catarina, onde atua na área de concentração em Estudos de Gênero do Doutorado Interdisciplinar em Ciências Humanas e na linha de pesquisa Gerações, Gênero, Etnia e Educação do Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política. Do conjunto da produção bibliográfica mais recente destaca-se a co-autoria do livro "Gênero e Violência: pesquisas acadêmicas brasileiras (1975-2005)" (2006); a co-organização das coletâneas "Depoimentos: trinta anos de pesquisas feministas brasileiras sobre violência" (2006) e "Saberes e Fazeres de Gênero: entre o local e o global" (2006) bem como a co-organização do livro "Práticas Pedagógicas e Emancipação: Gênero e Diversidade na Escola" (2009). Foi co-editora e coordenadora editorial da Revista Estudos Feministas entre 2001 e 2004. Assumiu a co-coordenação editorial dessa mesma Revista entre 2007 e 2008. Tem realizado pesquisas principalmente nas seguintes áreas: gênero e saúde reprodutiva, gênero e infância, gênero e ciências e saúde mental. Suas pesquisas na área de saúde reprodutiva e saúde mental receberam o apoio do CNPq e da CAPES. Certificado pelo autor em 07/02/12

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Publicado

1997-01-01

Edição

Seção

Artigos