Considerações sobre os limites energéticos do crescimento econômico

Autores

  • Ivo Marcos Theis Instituto de Pesquisas Ambientais/FURB

DOI:

https://doi.org/10.5007/%25x

Resumo

Criticas ao crescimento econômico têm se tornado lugar comum. Elas vão desde os limites sociais até os ambientais do crescimento. Neste artigo serão abordados os limites energéticos do crescimento econômico. Para tanto, parte-se das bases da sociedade moderna como a crescente importância da ciência enquanto modo de gerar conhecimento, a afirmagdo do econômico no âmbito das relacões sociais mais gerais, o papel do mercado auto-regulável, o dogma do crescimento do produto econômico e a correspondente manifestação do consumismo. A relação entre essa sociedade (baseada na supremacia do econômico) e o meio ambiente se tornou uma relação perversa, conduzindo à progressiva degradação dos ecossistemas naturais. neste contexto que se analisa a questão energética. Aqui são passados em revista a importAncia das leis da termodi-nâmica (sobretudo da lei da entropia), as implicações sociais, ecológicas e políticas da demanda de energia e as criticas usuais aos limites energéticos. 0 artigo conclui com a constatação de que para enfrentar a questão energética não basta limitar a influência da ciência, recolocar o mercado sob o controle da sociedade, reduzir o ritmo de crescimento econômico e cuidar melhor dos estoques de energia ainda existentes. E preciso antes questionar as bases do modelo de sociedade que engendrou os problemas analisados neste artigo.

Biografia do Autor

Ivo Marcos Theis, Instituto de Pesquisas Ambientais/FURB

Possui Graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Regional de Blumenau, Mestrado em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina e Doutorado em Geografia pela Universitat Tuebingen (Eberhard-Karls). Atualmente é professor titular da Universidade Regional de Blumenau.

Mais informações no Currículo Lattes.

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Publicado

1996-01-01

Edição

Seção

Artigos