Comportamento do eleitorado brasileiro na eleigao presidencial de 1989

Autores

  • David Fleischer Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.5007/%25x

Resumo

Em 1989, 70 milhões de brasileiros foram its urnas na primeira eleição direta presidencial em 29 anos. Pela primeira vez, estes eleitores foram chamados duas vezes: em 15/11/89 e 17/12/89 para uma eleição em dois turnos. Esta anitlise de dados agregados a nível municipal tenta desvendar o enigma da "transferência de votos do primeiro para o segundo turno" neste pleito. A primeira vista, o candidato da 'Frente Brasil Popular" (Lula), deveria ter ganho a eleição no segundo turno, pois se somasse os votos dos chamados "candidatos progressistas" (Lula, Brizola, Covas, Freire e Ulysses), Lula teria 49°X dos votos (34,5 milhões). Porém, aconteceu o contrário; Collor acabou com 35 milhões de votos, e Lula com 31 milhões. A análise por tamanho de município mostrou que os candidatos mais conservadores (em particular Collor) ganharam maiores proporções dos votos quanto menor a população do município, e também nos estados mais periféricos do Norte e Nordeste. A análise de dados agregados or regressão múltipla mostrou que as transferências não foram "totals" mas que Brizola conseguiu a transferencia quase total para Lula. Em alguns estados notou-se transferências de Lula para Collor e vice-versa, mas em menores proporções.

Biografia do Autor

David Fleischer, Universidade de Brasília

Possui Graduação em Ciência Política - Antioch College, Mestrado em Latin American Studies e Doutorado em Ciência Política - University of Florida, Especialização em Técnias de Pesauisa na University of Micigan e Pós-Doutorado - State University of New York. Atualmente é professor emérito da Universidade de Brasília.

Mais informações no Currículo Lattes.

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Publicado

1990-01-01

Edição

Seção

Artigos