Sartre e a psicanálise

Autores

  • Rafael Raffaelli Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5007/%25x

Resumo

A relação entre Sartre e a psicanálise é ambígua, pois de um lado há uma oposição conceituai sobre o status teórico da mente inconsciente e, por outro lado, as duas teorias trabalham com a interpretação do significado. O empirismo da metodologia psicanalítica e a ênfase na sexualidade são recusados por Sartre. Sartre enfatiza a compreensão da ação humana tendo como base a liberdade, a capacidade de transcender o determinismo da natureza e das relações sociais. Nesse sentido, Sartre defende um ponto de vista prospectivo, enquanto a psicanálise argumenta por uma visão retrospectiva. Sartre pensa que os complexos na teoria psicanalítica - como o complexo de Édipo - são determinados por condições culturais e sociais, de outra maneira o homem seria incapaz de mudar suas próprias condições, estando condenado a repetir as determinações biológicas instintivas. Apesar disso, existencialismo e psicanálise não são tão irreconciliáveis como suposto.

Biografia do Autor

Rafael Raffaelli, Universidade Federal de Santa Catarina

Possui Graduação em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Mestrado em Psicologia (Psicologia Social) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Doutorado em Psicologia (Psicologia Clínica) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e Pós-Doutorado em Psicologia Clínica pela PUC/SP. É professor titular da Universidade Federal de Santa Catarina.

Mais informações no Currículo Lattes.

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Publicado

2002-01-01

Edição

Seção

Artigos