Inato versus adquirido: a persistência da dicotomia
DOI:
https://doi.org/10.5007/%25xResumo
A história da dicotomia inato versus adquirido nas ciências do comportamento é longa e controversa, o que se deve particularmente às intensas reações contrárias ao lado inato da oposição. A herança de padrões comportamentais tem sido severamente subestimada tanto pelos behavioristas como por outras correntes como a piagetiana. A dicotomia persiste, apesar das tentativas para negá-la, simplesmente porque parece ser real e necessária. Não é adequado classificar "unidades" inteiras de comportamento como inatas ou adquiridas, mas o poder do efeito genético é inquestionável, mesmo quando o foco da discussão é o homem. Emoções e outros fenômenos afetivos são tão importantes quanto os comportamentos através dos quais se manifestam. São apresentadas evidências de que é impossível explicá-los exclusivamente através de processos de aprendizagem. Diferentes áreas de investigação — incluindo o estudo da cognição — têm mostrado a importância da genética para a compreensão de fenômenos psicológicos. Estudos de gêmeos monozigoticos e dizigóticos, criados juntos ou separados, demonstram inequivocamente os efeitos dos genes sobre comportamentos e características psicológicas de um modo geral. Estudos de Psicopatologia são particularmente elucidativos da importância e complexidade dos efeitos genéticos. Depois de apresentar evidências dos efeitos do genes sobre comportamentos e processos psicológicos, são examinadas concepções equivocadas de determinação genética, envolvendo justificativa de status quo e situações de iniqüidade social, dominação das mulheres pelos homens e racismo.Downloads
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