'Dizem que sou louco': um estudo sobre identidade e instituição psiquiátrica

Autores

  • Tânia Maris Grigolo Prefeitura Municipal de Florianópolis-SC

DOI:

https://doi.org/10.5007/%25x

Resumo

0 objetivo deste artigo é analisar as relações entre a instituição manicomial e a condição dos pacientes psiquiátricos, destacando quatro aspectos: a construção de sua identidade; suas representações sobre o manicômio; suas percepções acerca das possibilidades de mudangas pessoais e institucionais e as relações que se estabelecem entre a família e a instituição. A metodologia da pesquisa baseou-se na observação do cotidiano dos pacientes e na realização de entrevistas, bem como na análise dos prontudrios dos internados no Hospital Colônia Santana, situado na Grande Florianópolis, Santa Catarina. Foram entrevistados 28 pacientes, classificados de acordo com o tempo de internação. Os dados obtidos indicam que para os pacientes de curta permanência o manicômio é percebido como um lugar estranho, uma. prisão. Enfatizam o caráter rotineiro e despersonalizante, sentem-se inseguros e resistem à identificação com a instituição. Nos entrevistados de longa permanência percebe-se a predominância da incorporação da ideologia manicomial em seus discursos sobre sua própria identidade e sobre as possibilidades de mudança na instituição.

Biografia do Autor

Tânia Maris Grigolo, Prefeitura Municipal de Florianópolis-SC

Possui Graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestrado em Sociologia Política pela UFSC. Doutora em Psicologia Clínica e Cultura pela Universidade de Brasília, Mestre em Sociologia Política (UFSC) e  Especialista em Saúde Mental Coletiva (UFSM). Assessora do Ministério da Saúde na Área Técnica de Saúde Mental/Álcool e outras Drogas.

Mais informações no Currículo Lattes.

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Publicado

2000-01-01