Avaliação do impacto da epizootia de Febre Amarela sobre as populações de primatas não humanos nas unidades de conservação do Rio Grande do Sul, Brasil

Autores

  • Marcos de Souza Fialho Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros - CPB/ICMBio
  • Rodrigo Cambará Printes Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul – SEMA/RS
  • Marco Antônio Barreto de Almeida Núcleo de Vigilância dos Riscos e Agravos Ambientais Biológicos - Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde - Centro Estadual de Vigilância em Saúde - SES-RS
  • Plautino de Oliveira Laroque Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros – CPB/ICMBio
  • Edmilson dos Santos Núcleo de Vigilância dos Riscos e Agravos Ambientais Biológicos - Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde - Centro Estadual de Vigilância em Saúde - SES-RS
  • Leandro Jerusalinsky Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros – CPB/ICMBio

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2012v25n3p217

Resumo

A Febre Amarela (FA) é uma doença infecciosa aguda. No Brasil, a FA tem caráter sazonal, ocorrendo frequentemente entre os meses de janeiro a abril, quando fatores ambientais propiciam o aumento da abundância dos vetores. Há diversos relatos sobre a mortalidade de primatas devido à FA, em especial os do gênero Alouatta, mas há escassa informação disponível para verificar e quantificar os danos causados às populações de primatas por eventos desta natureza. O presente estudo busca avaliar o impacto do surto de FA ocorrido entre 2008 e 2009 sobre as populações de primatas nas unidades de conservação (UC) do Estado do Rio Grande do Sul. A presença dos primatas e a ocorrência do surto foram registradas por meio de observações diretas e entrevistas. Foram visitadas 11 UC e realizadas 52 entrevistas. Constatou-se que destas UC, três não abrigam primatas, três abrigam populações de Alouatta caraya e quatro de Alouatta guariba. Cebus nigritus está presente em três UC. A única unidade de conservação severamente impactada pelo surto de FA foi o Parque Estadual do Espigão Alto, embora relatos de óbitos durante o surto tenham sido obtidos para a zona de amortecimento ou entorno próximo de outras cinco UC.

Biografia do Autor

Marcos de Souza Fialho, Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros - CPB/ICMBio

Biólogo e doutor em ecologia, atualmente Analista Ambiental do ICMBio

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Publicado

2012-05-08

Edição

Seção

Artigos