Atividade antimicrobiana de extratos etanólicos de algas no controle de Penicillium expansum Link (Trichocomaceae, Ascomycota)

Autores

  • Argus Cezar da Rocha Neto Laboratório de Fitopatologia, Departamento de Fitotecnia, Centro de Ciência Agrárias, Universidade Federal de Santa Catarina
  • Luana dos Santos de Souza Universidade Federal de Santa Catarina
  • Elisangela Angelo Companhia Paranaense de Energia
  • Rafaela Gordo Companhia Paranaense de Energia
  • Eduardo de Oliveira Bastos Universidade Federal de Santa Catarina
  • Maria Cecília Miotto Laboratório de Ficologia, Departamento de Botânica, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Santa Catarina
  • José Bonomi Barufi Laboratório de Ficologia, Departamento de Botânica, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Santa Catarina
  • Marcelo Maraschin Laboratório Morfologia e Bioquímica Vegetal, Departamento de Fitotecnia, Centro de Ciência Agrárias, Universidade Federal de Santa Catarina
  • Roberto Derner Laboratório de Cultivo de Algas, Departamento de Aquicultura, Centro de Ciência Agrárias, Universidade Federal de Santa Catarina
  • Leonardo Rörig Laboratório de Ficologia, Departamento de Botânica, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Santa Catarina.

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7925.2015v28n4p23

Resumo

Penicillium expansum destaca-se como fitopatógeno cosmopolita e altamente agressivo, responsável pelo bolor azul, doença que proporciona a perda de qualidade e quantidade pós colheita de frutos. Aplicações de produtos químicos é tradicionalmente o método de controle mais utilizado. No entanto, a bioprospecção de algas tem-se revelado uma fonte para uma grande quantidade de compostos antifúngicos. Desta maneira, o presente trabalho tem por objetivo avaliar os efeitos dos extratos etanólicos de sete microalgas e cinco macroalgas contra P. expasum. O potencial antifúngico foi avaliado analisando-se a porcentagem de germinação, o tamanho do tubo germinativo, a concentração mínima inibitória e a concentração efetiva mediana (CE50). O perfil espectrofotométrico foi realizado nos extratos que apresentaram efeito inibitório. Dentre as algas estudadas, os extratos de Chlorella sp. e H. pluvialis, nas concentrações finais de 18,8 e 125,95 mg.mL-1, foram capazes de inibir 100 e 91% da germinação, respectivamente. A CE50 foi de 2,93 e 61,20 mg.mL-1, para Chlorella sp. e H. pluvialis, respectivamente. Chlorella sp. apresentou picos de absorção na faixa da clorofila-a, já H. pluvialis apresentou um pico correspondente a faixa dos compostos fenólicos. Embora sejam necessários mais estudos para caracterizar os extratos, Chlorella sp. e H. pluvialis apresentaram efeito antifúngico promissor no controle de P. expansum.

 

Biografia do Autor

Argus Cezar da Rocha Neto, Laboratório de Fitopatologia, Departamento de Fitotecnia, Centro de Ciência Agrárias, Universidade Federal de Santa Catarina

Graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Catarina (2011). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em fitossanidade, atuando principalmente nos seguintes temas: penicillium expansum, pós-colheita, compostos fenólicos, sais minerais e podridão. Mestre em Biotecnologia e Biociências (2014), atualmente é doutorando em Biotecnologia e Biociências.

Luana dos Santos de Souza, Universidade Federal de Santa Catarina

Laboratório de Ficologia, Departamento de Botânica, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Santa Catarina

Elisangela Angelo, Companhia Paranaense de Energia

Laboratório de Ficologia, Departamento de Botânica, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Santa Catarina

Rafaela Gordo, Companhia Paranaense de Energia

Companhia Paranaense de Energia, Coordenadoria de Análise Multidisciplinar

Eduardo de Oliveira Bastos, Universidade Federal de Santa Catarina

Laboratório de Ficologia, Departamento de Botânica, Centro de Ciências Biológicas

Maria Cecília Miotto, Laboratório de Ficologia, Departamento de Botânica, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Santa Catarina

Possui graduação em Ciências Biológicas - Biotecnologia pela Universidade do Vale do Itajaí (2008) e Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental pela Universidade do Vale do Itajaí (2011).Atualmente cursa Doutorado em Biotecnologia e Biociências na Universidade Federal de Santa catarina (UFSC). É membro do Grupo de Pesquisa do CNPq Biologia, Cultivo e Biotecnologia de Microalgas - Santa Catarina, sediado na UFSC.

José Bonomi Barufi, Laboratório de Ficologia, Departamento de Botânica, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Santa Catarina

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo (2002) e mestrado em Ciências (Botânica) pela Universidade de São Paulo (2004). É licenciado também em Ciencias Biológicas pela Universidade de São Paulo (2004). Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em algas. Trabalhou como professor temporário na Universidade Católica de Brasília (2005). Possui doutorado em Ciências (Botânica) pela Universidade de São Paulo (2010), tendo participado de estágio no exterior na Universidad de Málaga (Espanha) durante o ano de 2007, especializando-se em fotobiologia e biologia molecular de macroalgas.

Marcelo Maraschin, Laboratório Morfologia e Bioquímica Vegetal, Departamento de Fitotecnia, Centro de Ciência Agrárias, Universidade Federal de Santa Catarina

Graduado em Engenharia Agronômica (UFSC, 1986), com mestrado em Fisiologia de Plantas (UFRGS, 1988), Doutorado em Bioquímica (UFPR/Leiden University-Leiden, Pós-doutorado na Universidade de Aveiro (Aveiro, Portugal - Depto de Química) na área de ressonância magnética nuclear e técnicas hifenadas. O foco de sua linha de pesquisa considera o uso de ferramentas analíticas (RMN, LC, GC, FTIR, MS, UV-vis) e técnicas de bioinformática (machine learning and data mining) na investigação do metaboloma e do potencial de espécies terrestres e marinhas como fonte de compostos de interesse à nutrição e saúde humana.

Roberto Derner, Laboratório de Cultivo de Algas, Departamento de Aquicultura, Centro de Ciência Agrárias, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutorado em Ciência dos Alimentos pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2006. Atualmente e professor do Departamento de Aquicultura da UFSC e supervisor do Laboratório de Cultivo de Algas. Atua na area de recursos pesqueiros e engenharia de pesca/biotecnologia, com enfase em aquicultura/algocultura - cultivo de microalgas para a produção de compostos bioativos (pigmentos, ácidos graxos, polissacarídeos etc.), biocombustíveis (biodiesel, bioetanol etc.) e tratamentos de efluentes liquídos e gasosos.

Leonardo Rörig, Laboratório de Ficologia, Departamento de Botânica, Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Santa Catarina.

Graduação em Biologia Com Ênfase Em Fitoquímica pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (1990), mestrado em Oceanografia Biológica pela Fundação Universidade Federal do Rio Grande (1997) e doutorado em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos (2005). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atua nas áreas de Oceanografia Biológica (fitoplâncton, ecofisiologia de microalgas) e Ecologia (avaliação ambiental, ecologia aquática, ecotoxicologia, ecologia microbiana).

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Publicado

2015-08-04

Edição

Seção

Artigos