Comunidade rural e escolar na valorização do conhecimento sobre plantas medicinais
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7925.2016v29n2p89Resumo
As comunidades isoladas do meio urbano ainda fazem uso das plantas medicinais, porém esse conhecimento nem sempre é repassado para as novas gerações. Neste cenário, propomos um estudo com alunos, professores e moradores da comunidade de Córrego da Ema, Amontada, Ceará – Brasil, visando conhecer os saberes sobre plantas medicinais em uma pequena comunidade rural do semiárido brasileiro. Entrevistamos os conhecedores de plantas medicinais, denominados especialistas locais, utilizando o método “Snow Ball”. Aplicamos questionários para investigar o conhecimento dos alunos do ensino fundamental sobre as plantas medicinais (pré-turnê). Essas ações subsidiaram o planejamento de turnês-guiadas, atividades voltadas para os 51 alunos, que realizamos em conjunto com os dez especialistas e dois professores da escola local, e cujos resultados (pós-turnê) foram avaliados com o mesmo questionário da pré-turnê. A maioria dos especialistas locais foi mulheres (80%), com famílias numerosas e baixa escolaridade, fatores que contribuem para o uso de plantas medicinais. Os especialistas citaram 35 espécies medicinais. Os alunos citaram 24 espécies pré-turnê e 28 pós-turnê. Os alunos ampliaram seus conhecimentos, pois houve também um aumento pós-turnê nas indicações terapêuticas e forma de preparo mencionadas. A escola teve um papel importante na valorização desse patrimônio imaterial, pois possibilitou ações envolvendo o ensino formal e informal.
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